Só um deputado estadual compareceu a um encontro com a direção da OAB, na Assembleia Legislativa, na manhã da quarta-feira (16). A entidade previa, na agenda, captar mais assinaturas para a instalação da CPI da Segurança Pública. A promessa era de participação de representantes das 15 bancadas do parlamento para discutir o tema. Porém, somente o deputado Pedro Ruas, do PSol, apareceu.
Ruas, que foi o primeiro a assinar o pedido da CPI, afirmou que desconhece os motivos que levaram os colegas a não comparecerem ao ato. Porém, reafirmou a importância da Comissão Parlamentar de Inquérito para que sejam identificados ao menos alguns pontos que levaram ao caos na Segurança Pública, nos últimos anos, no Rio Grande do Sul.
“Há um entendimento diferente de outras bancadas, que eu respeito, mas o motivo da ausência eu desconheço. Mas não é a nossa posição. A posição do PSol é de que a CPI é necessária, ainda que a OAB tenha legitimidade junto com as outras entidades para pedir isso… E que, por mais que se questione se a CPI vai resolver algo, não, ela não vai resolver. Mas é um dos elementos necessários que identifica as origens dos problemas, dessas causas sociais, econômicas e políticas. E também responsabilidades em determinados atos administrativos e políticos. E isso importa, sim, que a sociedade conheça”, explicou o parlamentar.
O presidente da OAB/RS, Ricardo Breier, afirmou que na próxima semana a seccional vai tentar novamente dialogar com as lideranças partidárias da Casa. Breier reiterou que a sociedade vem presenciando cada vez mais homicídios e latrocínios, sem que se visualizem ações por parte do governo estadual para reduzir esses números. A intenção da CPI é averiguar desde quando se iniciou o processo de falência na área da segurança pública, não envolvendo, portanto, somente o governo de José Ivo Sartori (PMDB).
Fonte e Foto: Vitória Famer / Rádio Guaíba