A Secretaria da Justiça (Sejus) iniciou, na quinta-feira (16), a produção em larga escala de máscaras descartáveis que serão destinadas aos servidores da segurança pública do Estado. A expectativa é produzir mais de 290 mil máscaras por mês para atendimento da demanda operacional da Sejus, Polícia Militar, Instituto de Atendimento Socioeducativo do Espírito Santo (Iases), Corpo de Bombeiros Militar e Exército Brasileiro.
A produção teve início com a montagem da fábrica de costura na Penitenciária Estadual de Vila Velha II, no Complexo do Xuri, em Vila Velha. Linhas de montagem já estão sendo realizadas também no Centro Prisional Feminino de Colatina, Centro Prisional Feminino de Cariacica e Penitenciária Estadual de Vila Velha 5. Toda a confecção será produzida por cerca de 100 internos que cumprem pena no sistema prisional capixaba e que fazem parte do Projeto “Costurando o Futuro”.
A Sejus investiu R$ 335 mil em materiais específicos para produção das máscaras descartáveis. Entre os insumos adquiridos estão tecidos, linhas, elástico, fio para costura, arame plastificado, agulhas e faca para corte. De acordo com a subsecretária de Ressocialização da Sejus, Roberta Ferraz, as máscaras serão confeccionadas em TNT, seguindo todas as recomendações da Anvisa.
“Desde os primeiros casos de Coronavírus registrados no Espírito Santo, a Sejus tem trabalhado em conjunto com o Governo Estadual para impedir a disseminação da doença no sistema prisional. E uma dessas barreiras é o uso da máscara descartável. Também pensamos na contribuição que as pessoas privadas de liberdade podem oferecer aos servidores que atuam em prol da segurança pública do Estado. Como temos força de trabalho dentro das unidades, montamos o projeto para produção em larga escala do material que será entregue aos servidores penitenciários, policiais militares, agentes socioeducativos, bombeiros e Exército Brasileiro. As máscaras serão confeccionadas pelos internos privados de liberdade que são capacitados para este fim, seguindo os critérios estabelecidos pela Anvisa”, ressalta a subsecretária.
Ferraz também afirma que servidores penitenciários das 35 unidades prisionais do Estado serão os primeiros a receber as máscaras confeccionadas no sistema, com entrega prevista ainda no mês de abril. As demais forças de segurança serão atendidas em seguida, de acordo com o calendário a ser planejado com as instituições.
A fábrica que está sendo montada na Penitenciária Estadual de Vila Velha 5, no Xuri, irá receber o reforço de 78 máquinas de costuras doadas à Sejus pela ArcelorMittal Tubarão. A previsão é que os equipamentos sejam instalados até a próxima semana, quando o espaço estará pronto para iniciar a confecção dos materiais.
Uso de máscaras
Para garantir sua eficiência, é preciso que a máscara em tecido siga algumas especificações: que tenha pelo menos duas camadas de pano, ou seja, dupla face e que seja individual. A recomendação é de que a máscara cubra totalmente a boca e o nariz e que esteja bem ajustada ao rosto, sem deixar espaços nas laterais.
O uso da máscara, no entanto, não substitui as recomendações da higienização das mãos com água e sabão, ou álcool em gel. Mesmo com o uso das máscaras em tecido, é recomendado que não se leve a mão ao rosto.
As máscaras produzidas no sistema prisional serão entregues aos usuários com recomendação de uso, conforme abaixo:
1. Coloque a máscara com cuidado de forma que cubra tanto a boca quanto o nariz, ajustando o elástico para minimizar os espaços entre o rosto e o equipamento;
2. Enquanto estiver utilizando a máscara, evite tocá-la na frente para ajustá-la;
3. Remova a máscara pegando pela parte traseira, evitando tocar na parte da frente;
4.Descarte a máscara sempre que apresentar sinais de deterioração, funcionalidade comprometida, sujidades ou umidade. Outra recomendação é a de que a máscara deve ser usada por cerca de duas horas, no máximo. Depois desse tempo, é preciso trocar por outra;
5. Após o descarte dessa máscara (em lixo comum), o servidor deve higienizar as mãos com água e sabão.