Cenário de devastação e de batalha pela vida de animais silvestres. Esta tem sido a rotina da equipe do Corpo de Bombeiros do Paraná enviada ao Pantanal, no dia 15 de setembro, para auxiliar no combate às queimadas que assolam o bioma do Mato Grosso do Sul, cuja fumaça chegou a ser sentida em Curitiba.
São 39 militares na equipe, arriscando a vida diariamente em meio as chamas da mata. Já são 21 dias assim, em trabalho ininterrupto. Para aliviar um pouco os esforços de quem está lá, nesta semana haverá a primeira troca de efetivo, marcada para a próxima quinta-feira (8). Sexta-feira (9), outros 39 bombeiros chegam para continuar o trabalho. A expectativa é de que o retorno definitivo dos bombeiros do Paraná só ocorra no dia 25 de outubro.
A equipe paranaense está combatendo incêndios em duas frentes, uma em Costa Rica e Alcinópolis, perto do Parque Nacional das Emas, e uma em Corumbá e na Serra do Amolar, na fronteira com a Bolívia e na divisa com o Mato Grosso. Segundo o tenente-coronel Ezequias de Paula Natal, comandante da Missão Pantanal e que originalmente atua no 2.º Comando Regional de Londrina, as operações são por terra, água e ar, com apoio de embarcações e helicóptero.
“É um ambiente totalmente diferente do nosso bioma do Paraná. Os incêndios são dinâmicos. O clima é diferente e há grandes distâncias a serem percorridas para chegar aos focos. Isso demanda um desgaste físico intenso, sendo necessária a hidratação muito maior do que estamos acostumados nas ocorrências no Paraná. Mas o importante é que as ações estão sendo realizadas com êxito”, ressalta o tenente-coronel.