Desde sábado (19), quatro profissionais e quatro cães do Corpo de Bombeiros Militar do Rio Grande do Sul auxiliam nas operações de busca em Petropólis, no Rio de Janeiro, cidade devastada pela chuva e por deslizamentos de terra na última terça-feira (15). A tragédia contabiliza mais de uma centena de mortos e de 200 desaparecidos.

Participam da missão o sargento Alexandre Furtado Silveira, com a cadela Guria, e o soldado Éderson Luis Lima Gomes, com o cão General, ambos da Companhia Especial de Busca e Salvamento (CEBS), em Porto Alegre, além do sargento Alex Sandro Teixeira Brum, com o cão Guapo, e do soldado Estefânio Guinazu Bernardes, com a cadela Molly, os dois do 4º Batalhão de Bombeiro Militar (4º BBM) de Santa Maria.

— A situação é bastante complicada. Estamos fazendo um trabalho de formiguinha e atuamos em diferentes frentes. As escavações avançam aos poucos e vamos revezando com os cães, para que eles não se cansem. Existe todo um cuidado em relação a isso — relata o sargento Brum, que também esteve em Brumadinho (MG) com Guapo.

Até esta segunda-feira (21), a missão gaúcha havia localizado oito corpos de vítimas. A ação, segundo Brum, tem diferenças em relação à explosão da barragem de lama no município de Minas Gerais, em janeiro de 2019. Em Brumadinho, segundo o bombeiro de 43 anos (20 deles no serviço público militar), havia uma área única de atuação (o grande lamaçal que se espalhou por dezenas de hectares). Em Petrópolis, a área é mais fragmentada. Além disso, as famílias atingidas estão mais próximas, o que exige maiores cuidados.

As buscas prosseguem, sem previsão de retorno. 

— Ficaremos o tempo que for preciso. Estamos representando os gaúchos com muita força e dedicação — reforça Brum. 

 

Imagem: Alexandre Furtado / Arquivo Pessoal