Deve ser apresentada até segunda, no máximo, a empresa vencedora da licitação para início da demolição do Ginásio da Brigada Militar, localizado na avenida Ipiranga. A contratada demolirá o paredão da rua Silva Só. O serviço total e a limpeza ficará sob responsabilidade de quem adquirir o terreno. O prazo para a apresentação da documentação exigida para a avaliação, terminou nesta quarta. A primeira empresa desistiu após alegar falta de recursos para a execução da obra.
O local foi devastado por um temporal em outubro do ano passado, quando a força dos ventos levou as telhas da estrutura. Cerca de 50% do telhado foi arrancado, além de metade da cobertura ter sido danificada na tormenta. Localizado em uma área de intenso fluxo, o espaço, desde então, está tomado por escombros e matagal, que cresceu em toda a área. Vizinhos relatam que não é difícil ver moradores de rua pulando a frágil grade e adentrando no espaço.
A estudante Mariana da Luz, 26 anos, costuma esperar ônibus na parada que há próxima a estrutura. "Não acredito que a estrutura vá desabar, como muitos comentam. O problema é quando há vento, porque os pedaços do telhado podem ser arremessados", avaliou. De acordo com ela, o mato que cresceu no local também favorece a proliferação de insetos. "Tem bastante entulho na área, a gente percebe ao passar, esperamos que algo seja feito, de fato."
Como já anunciado pelo governo, o espaço será vendido e a expectativa é arrecadar cerca de R$ 120 milhões. Na negociação entrará também o imóvel da Escola dos Bombeiros (Esbo), situada ao lado do ginásio e que não sofreu estragos no temporal. Com a ida da infraestrutura a leilão, será construída uma nova escola dentro do Centro Estadual de Treinamento Esportivo (Cete) – que hoje é um centro de treinamento multi-esportivo da cidade de Porto Alegre, mantido pelo Estado.
Fonte: Correio do Povo / Franceli Stefani
Foto: Mauro Schaefer