Um ataque de abelhas foi registrado na manhã desta segunda-feira (23), a partir das 6h40, em um complexo comercial do Lago Sul, área nobre de Brasília.

O enxame estava em um poste de energia próximo ao Gilberto Salomão e foi exterminado pelo Corpo de Bombeiros com veneno.

A causa do ataque não havia sido divulgada até a publicação desta reportagem. "Este foi um caso extremo, porque não se pode exterminar abelha. Nós consultamos um apicultor e usamos um produto à base de veneno que acalma elas", explicou o major Gildomar.

"Não tinha como perguntar pra todo mundo que passa por ali quem é alérgico. A gente decide quem vai viver. Neste caso, o extermínio respeita uma normativa federal."

Brigadistas que trabalhavam no local foram picados ao tentar ajudar pessoas que cruzavam a rua e os bombeiros foram chamados para isolar a área e remover a colmeia.

Os militares precisaram usar roupas especiais, de apicultura, para se proteger. Ao todo, foram deslocados sete carros dos bombeiros e 20 militares.

Outros ataques

Esta é a quarta vez em menos de um mês que os animais fazem vítimas na capital. Em 2 de julho, 18 cachorros morreram com picadas de abelhas e, três dias depois, uma idosa de 91 anos foi atacada.

O caso mais grave ocorreu na última terça (17), quando um homem de 50 anos morreu picado por abelhas. Segundo os bombeiros, o incidente ocorrreu quando ele tentou remover uma colmeia de uma área em obra no Assentamento Oziel Alves, em Planaltina.

Polizinadoras

Com menos de um centímetro de comprimento, as abelhas são as maiores polizinadoras do mundo. "As abelhas polinizam a maior parte das plantas que existem", explicou Carlos Vergara, professor da Universidade de las Américas em Puebla, no México, em entrevista à BBC.

"Todas as plantas que têm flor precisam ser polinizadas para produzir sementes e sobreviver. E cerca de dois terços da dieta dos seres humanos vêm de plantas polinizadas."

Por que o desaparecimento das abelhas seria uma catástrofe

Uma série de estudos detalhou os serviços que as abelhas prestam ao ecossistema, incluindo a capacidade de aumentar em cerca de 25% o rendimento das colheitas – e, consequentemente, dos alimentos que comemos.

Fonte: G1 DF e TV Globo

Foto: Corpo de Bombeiros/Divulgação