O grande incêndio que atinge desde sábado (24) o parque natural de Doñana, no sul da Espanha, está "controlado", anunciaram nesta terça-feira (27) as autoridades.

Mais de 2.000 pessoas precisaram deixar suas casas em razão do fogo.

O serviço de combate aos incêndios de Andaluzia (sul), Infoca, informou no Twitter que o fogo está contido, mas não foi extinto.

A situação foi comprovada pelos bombeiros, que sobrevoaram a região afetada esta manhã, segundo Infoca.

Cerca de 130 bombeiros florestais, com 12 carros de bombeiros, seguiram mobilizados na madrugada desta terça-feira para controlar o fogo, que começou a perder intensidade no final da tarde de segunda, graças aos ventos moderados.

As autoridades não informaram a superfície devastada pelas chamas, que não causaram vítimas.

Mas segundo o Fundo Mundial para a Natureza (WWF), ao menos 10.000 hectares de floresta foram atingidos.

As 230 pessoas que passaram a noite em refúgios foram autorizadas a retornar para a casa, enquanto todas as estradas foram reabertas, tuitou o ministro espanhol do Interior, Juan Ignacio Zoido.

Após o incêndio ser declarado na noite de sábado para domingo, 2.100 pessoas foram evacuadas, principalmente de uma área de camping e de um hotel. Centenas delas foram para ginásios de escolas e outras instalações municipais.

O fogo também obrigou a desocupação na noite de domingo para segunda-feira de um centro de criação de linces ibéricos, espécie ameaçada e símbolo do parque Doñana. Uma fêmea morreu em razão do estresse sofrido.

O Parque Nacional Doñana é uma das mais importantes reservas de zonas úmidas da Europa, abrigo de 4.000 espécies e de todo o tipo de ave migratória.

As autoridades regionais indicaram que o incêndio foi provocado por ação humana, apesar de não informar se foi intencional ou por negligência.

A Espanha está sofrendo uma seca precoce nessa temporada, e várias áreas do país estão em perigo máximo de incêndio. Entre elas, grande parte da província andaluz de Huelva, onde fica o parque.

Em Portugal, 64 pessoas morreram, e mais de 250 ficaram feridas, em incêndios devastadores que foram controlados na semana passada.

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* AFP