Pai é exemplo, é super herói, é sinônimo de cuidado e proteção, para muitos pai é inspiração, e é exatamente esta inspiração que fez de David Olkoski (31 anos) e Guilherme Olkoski (25 anos) quisessem seguir os passos do pai, Antônio Carlos Oliveira da Silva (50 anos) tornando-se Bombeiros Militares do Rio Grande do Sul. O amor e admiração, entre o Sargento Antônio e os filhos Soldados foi além, e o cuidado que antes era do pai com os filhos, uniu todos com o cuidado ao próximo, reforçando ainda mais a unidade e cumplicidade desta família.

O 3º Sargento Antônio Carlos Oliveira da Silva (50 anos) em curso para o posto de 2º Sargento, e formado na turma de 1989 de Montenegro, atua com orgulho e satisfação ao lado dos filhos, acompanhando o crescimento profissional e também pessoal de cada um. “Como pai e profissional sou uma pessoa muito grata por ter dois filhos maravilhosos”, disse emocionado o 3º Sargento.

“Nunca fiz pressão psicológica, eles me observaram e escolheram seguir a carreira. O David foi o primeiro a entrar para a Corporação, tirou segundo lugar no curso e teve a possibilidade de escolher para onde queria ir, para minha alegria escolheu Sapiranga, no quartel onde atuo. O Guilherme chegou alguns anos depois, passou em primeiro lugar e também optou em trabalhar junto a mim. Isso é uma graça divina, dois filhos maravilhosos, profissionais exemplares que estão sempre buscando e transmitindo conhecimento”, disse Antônio.  

O pai orgulhoso ainda fala que os dois filhos também optaram assim como ele ser salva-vidas, atualmente trabalham na mesma praia, em Torres, e que ainda não teve a oportunidade de trabalhar com Guilherme na mesma guarita. “Sou salva-vidas desde 1996, já tive a oportunidade de trabalhar com o David na mesma guarita, e embora hoje trabalhe na mesma praia, ainda quero ter o prazer de trabalhar na mesma guarita também com o Guilherme”, diz ele.

É unanimidade entre os filhos: “nosso pai foi a motivação e exemplo para a escolha da profissão”.  O Soldado David Olkoski, da turma de 2006, destaca que desde pequeno acompanha o serviço do pai, o que influenciou na escolha da profissão. “Quando tinha mais ou menos uns 7 anos, lembro do meu pai indo trabalhar, eu era bem novo e acompanhei algumas vezes o trabalho dele na praia como salva-vidas”, disse David, que nas 10 temporadas que já atuou na Operação Golfinho, durante três trabalhou com o pai na mesma guarita na Praia de Torres. “Hoje não estamos mais na mesma guarita, mas continuamos próximos, com uma guarita ao lado da outra”.

Conforme David, que atualmente também dedica-se ao Atendimento Hospitalar, do Grupo de Atendimento de Emergência do CBMRS, na primeira oportunidade que teve para fazer o concurso para Bombeiro Militar a realizou. “Completei 18 anos e fiz o concurso, felizmente passei e após alguns anos fui chamado. Além da Operação Golfinho já tive a honra de trabalhar em diversas ocorrências com meu pai. Já socorremos juntos muitas vezes”, destaca ele, ressaltando que toda família trabalha no Corpo de Bombeiros de Sapiranga, que faz parte do 2º Batalhão de Bombeiro Militar do RS.

Ainda conforme David, toda família dedica-se a mesma paixão, e a filha Laura Dorscheid Olkoski (6 anos), pode formar a terceira geração de bombeiros na família. “Minha esposa, a Soldado Monique Graziela Dorscheid, também é bombeira, entrou na mesma turma do meu irmão, em 2012. Ainda tenho um tio e um primo que também são bombeiros, e nossa filha já fala em seguir a profissão, mesmo sendo nova ela tem em casa o mesmo exemplo que eu tive vendo meu pai saindo para salvar”.

Para o irmão mais novo, o Soldado Guilherme, da turma de 2012, foi como Bombeiro Militar que sentiu-se realizado profissionalmente. “Antes de me tornar bombeiro trabalhei em outras áreas mas nunca me senti realizado. Via meu pai e meu irmão realizados, felizes, satisfeitos com a profissão que escolheram e resolvi apostar, fiz o concurso e me apaixonei pela profissão”, disse Guilherme, destacando que dentro do Quartel a hierarquia nunca é esquecida.

“Meu pai é Sargento e meu irmão é mais antigo do que eu na Corporação, felizmente conseguimos separar bem e nos atendimentos nossa missão sempre fala mais alto que o grau de parentesco, ali somos colegas de serviço. Aprendemos muito um com os outros, e hoje todas as atividades que realizamos é com muito profissionalismo. Nosso pai nos apontou o caminho e nós seguimos da melhor forma possível”, ressaltou o Soldado Guilherme, que além de trabalhar nas ocorrências diárias também é instrutor de salvamento, e salva-vidas da Praia de Torres desde 2015.

“Sou feliz em dizer que meus filhos seguiram os meus passos, que hoje são homens tranquilos, pés no chão. Eles entraram por conta própria no Corpo de Bombeiros, estudaram, se esforçaram para passar em boa colocação. Hoje trabalhamos juntos com profissionalismo, respeito e companheirismo. Confio no grau de profissionalismo deles, no esforço e na capacidade de cada um em colocar com responsabilidade e segurança suas vidas em risco para salvar o próximo”, disse o pai e 3º Sargento Antônio.

Fonte: Assessoria de Comunicação ABERGS, Daiane Roldão da Silva

Fotos: João Arnhold