O Corpo de Bombeiros do Rio Grande do Sul alega que falta efetivo para atender os pedidos de vistoria de prevenção de incêndio no Estado. A declaração foi do comandante da corporação, coronel Guido Pedroso de Melo, durante audiência pública realizada nesta sexta-feira pela comissão externa da Câmara dos Deputados na Assembleia Legislativa (AL). Entre os convocados para prestar depoimento estavam relacionados o promotor público Ricardo Loza, responsável pelo Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), o advogado de defesa de Elissandro Spohr, Jader Marques, e o secretário estadual de Segurança Pública, Airton Michels.
O coronel Guido explicou que não tinha como o Corpo de Bombeiros fechar a boate Kiss antes da tragédia. “Nós instalamos uma investigação interna para saber se a boate estava funcionando corretamente. Quando o alvará vence, os bombeiros fazem vistoria. A Kiss apresentava condições de uso, pois tinha sinalização de saída e extintores de incêndio em dia”, garantiu.
O deputado federal Paulo Pimenta (PT), relator da comissão, prevê uma nova lei para evitar novas tragédias. “Temos um anteprojeto de lei que está aberto para que a sociedade participe dando sugestões. Temos que encerrar as investigações até o dia 11 de junho. Tentamos com esta audiência responder as fragilidades do sistema, dos papéis dos bombeiros, do prefeito e do Ministério Público”, afirmou.
O deputado federal Nelson Marchesan Júnior (PMDB), sub-relator da comissão, admitiu que as investigações estão atrasadas. “Realmente estamos um pouco atrasados. Somente na quinta-feira conseguimos a liberação de verbas para as investigações. É impossível que consigamos estabelecer uma lei que englobe todas as realidades dos municípios brasileiros”, comentou.
Fonte: http://portallw.correiodopovo.