O bombeiro militar criciumense Victor Rodrigues Cândido, 26 anos, sofreu um grave acidente no Oeste de Santa Catarina em janeiro do ano passado. Desde então ele praticamente não tem os movimentos do corpo e está em tratamento intensivo com diversos profissionais da saúde. Porém um grande problema é quando ele precisa se locomover.
Por isso, a família dele está promovendo uma Vakinha Online, na busca de comprar um carro adaptado. “Precisamos levar ele diversas vezes por semana até uma clinica. Passamos muito trabalho para conseguir colocar ele no carro. É de 10 a 15 minutos para conseguirmos e tem que ter quatro a cinco pessoas. Queremos que seja mais confortável para ele”, comenta o irmão de Victor, Matheus Rodrigues Cândido.
Dede o acidente, o governo do Estado vem custeando todo o tratamento do bombeiro. Contratada pelo Estado, a SOS Home Care é a responsável por disponibilizar enfermagem 24horas, fonoaudióloga e fisioterapeuta na busca pela recuperação motora e comunicativa de Victor. Além disso, o bombeiro recebe tratamento na clínica Neurosul que visa a reabilitação neurológica.
“Com tudo isso, estamos tendo dificuldade com o transporte dele. É um tratamento bem avançado. Ele não se movimenta, não tem nenhum movimento até hoje. Ele utiliza uma sonda gastrointestinal que fica pendurada. Temos que colocar ele no colo de alguém, ir por trás do carro. É um grande esforço para ele”, explica Matheus.
A família busca arrecadar com a Vakinha R$157 mil, tendo em vista o valor do veículo e o custo para adaptação. “Pesquisamos bastante carros adaptados para esse tipo de situação. Então tivemos a ideia para dar esse conforto para ele”, ressalta.
Tratamento realizado em casa
Após o acidente, Victor ficou internado quatro meses no Hospital Regional do Oeste (HRO) em Chapecó. Foram 17 dias em coma na UTI (Unidade de Terapia Intensiva). Quando retornou à Criciúma, ele ficou internado no Hospital São João Batista, quando foi liberado para retornar para casa.
“Fato de ir para casa foi devido a Covid-19. Começou a aumentar o número de casos. Então os médicos, com preocupação de ele pegar, mandaram ele para casa. Porque se ele pegasse seria fatal”, lembra Matheus.
Victor, atualmente, mora com a mãe Reijane Aparecida Rodrigues. Um quarto no apartamento em que ela vive no bairro Pinheirinho foi totalmente adaptado para os cuidados necessários para o bombeiro.
“O quarto virou um quarto de hospital. Apesar das dificuldades de não ter tanto espaço para andar e passear com ele, até por causa da Covid-19 é um local bom e próximo de hospital e clínicas”, constata Matheus.
Cada pequeno avanço é uma vitória
A primeira vitória, destaca Matheus, foi quando o bombeiro abriu os olhos após 17 dias em coma. Depois foi a comunicação, que era realizada apenas através de piscadas com o olho. Com perguntas que permitiam respostas de sim e não.
“Com o avanço do tratamento ele foi conseguindo maior movimentação com a mão. Hoje ele consegue fazer um ‘joinha’ e levantar o indicador para dizer não. Ai conseguimos fazer perguntas diferentes. Ele consegue responder mais. Mas movimentação é bem pouco e ele não consegue falar”, informa.
O acidente que mudou a vida de Victor
O dia 17 de janeiro de 2020 ficará sempre marcado para o bombeiro e para a família. Victor atuava na cidade de São Domingos, no Oeste de SC. O Corpo de Bombeiros foi acionado para atender uma ocorrência de incêndio na cidade de Coronel Martins. Durante o deslocamento para o local na SC-480 em uma curva caixas de frango vivo caíram de um caminhão que vinha na pista contrária e atingiram o para-brisa da ambulância que Víctor dirigia.
As caixas atingiram, também, o caminhão do Corpo de Bombeiros. Victor foi o mais atingido e teve traumatismo craniano gravíssimo. Ele foi encaminhado para o HRO. Ele foi submetido a diversa cirurgias. Em junho de 2020, o 4º Batalhão de Bombeiros Militar de Criciúma prestou uma homenagem ao bombeiro. Diversos colegas de Forquilhinha, Criciúma e Içara foram até onde ele vive prestar continência ao soldado com o objetivo de agradecer.
“Graças a Deus tivemos um assessoramento do Estado muito bom. Desde o começo estiveram do nosso lado, apoiaram em tudo. Tudo o que foi preciso. A empresa que cuida dele hoje, a clínica que faz tratamento para a recuperação neurológica, as cirurgias de alto custo foi tudo custeado pelo Estado” ressalta Matheus.
As doações podem ser realizadas no site do Vakinha Online clicando aqui.