Laiane Cruz

Na noite da última quinta (28), uma moradora do residencial Aeroporto, situado no bairro Santo Antônio dos Prazeres, em Feira de Santana, se jogou do terceiro andar do prédio onde residia e morreu após ouvir os gritos de uma vizinha afirmando que o botijão de gás da casa dela vazou e iria explodir. O caso ocorreu, por volta das 20h, Anatália dos Santos Freitas, 35 anos, agiu com desespero, e com a queda, teve morte instantânea.

Em entrevista ao Acorda Cidade, a subtenente Carla Santos, que trabalha no Corpo de Bombeiros Militar, explicou que as residências são considerados locais de alto risco (LAR) devido à presença de produtos químicos, como produtos de limpeza e remédios, como também tapetes, escada, e o gás de cozinha (GLP), que é altamente inflamável. No entanto, de acordo com ela, botijões por si só não são capazes de explodir, mesmo em situações de vazamentos.

“Só o que precisamos ter cuidado, em se tratando de GLP, é em relação à mangueira e ao registro, porque têm validade. O que a gente tem que conscientizar a população é que o botijão não explode, o que pode explodir é o ambiente concentrado com esse gás, por meio de qualquer faísca, mas não o botijão em si”, informou.

Ela destacou alguns cuidados que podem ser tomados caso ocorra um vazamento dentro de um imóvel. A subtenente Carla Santos pediu calma à população em situações como essa.

“Abrir as janelas e portas para ventilar o ambiente e diminuir a concentração de gás no ambiente, e as pessoas não precisam se apavorar em relação à explosão do botijão, que não vai acontecer haja vista que o equipamento tem uma válvula de segurança, que submetida a altas temperaturas, vai derreter e esvaziar, ou seja, aquela pressão que poderia acontecer internamente não vai acontecer, porque há um alívio dessa pressão quando esse plug derrete”, explicou.

“As pessoas podem ficar tranquilas em relação a isso, porém têm que deixar a ventilação natural do ambiente”, afirmou, ressaltando que a morte no residencial aconteceu pela falta de conhecimento. “O ser humano acaba se precipitando quando não conhece direito sobre determinados assuntos”, completou.

Com informações são do repórter Aldo Matos do Acorda Cidade