Reunidas na sede matriz da ABAMF, na manhã de 3 de janeiro, as Entidades que compõe o Fórum Permanente das Entidades Representativas dos Militares Estaduais – ABAMF, ASSTBM, ABERGS, ASOF/BM e AOFERGS – debateram as estratégias para agir contra a aprovação dos PLCs 504 e 506. A possibilidade de implementação de subsídio é considerada somente com a correção dos valores apresentados pelo governo. Além disso, outros pontos devem ser considerados, como: índices da verticalidade, respeitando a matriz salarial, ingresso com nível superior, decreto das promoções e correção da parcela autônoma. As representações aguardam o chamado do governo para dialogar, uma vez que os projetos devem ser votados no final de janeiro.
O PLC 504/19, que trata das aliquotas dos percentuais de desconto na Previdência é considerada, pelas representações, inconstitucional. De acordo com o presidente da ABAMF, José Clemente, “o assunto foi definido através de lei federal e caso seja aprovado recorreremos a Justiça”.
Já o PLC 506/19, que fixa o subsídio dos Militares Estaduais, segundo os representantes, necessita de revisão dos valores, respeitando a matriz salarial e a verticalidade.
O dirigente da ASOF/BM, major Monteiro, disse que será um enfrentamento difícil, “o governo de forma injusta vem jogando a sociedade contra aqueles que diuturnamente, defendem os gaúchos e gaúchas de todo nosso Estado, agindo de forma totalmente inescrupulosa e adversa aos servidores públicos”.
O coordenador-adjunto da ABERGS, 1º Sargento Ubirajara Ramos, lembrou que o Fórum entregou documento com as reivindicações e espera o prosseguimento do debate.
Para Aparício Santellano – presidente da ASSTBM – “será necessário uma forte mobilização, pois sem pressão alguns deputados tendem a votar com o governo. Temos que fazer uma ação forte”.
Os dirigentes da AOFERGS, manifestaram-se na mesma linha.
Existe a preocupação das representações com as informações inverídicas de pessoas que buscam ganhar destaque público e promoção pessoal. Conforme o vice-presidente da ABAMF, Jairo Rosa, as informações devem ser buscadas nos meios de comunicação das Entidades. “Pessoas que não são representantes legais da categoria falam somente por elas mesmas. Nós – as Entidades reconhecidas – fizemos movimentos históricos com responsabilidade e planejamento”.
A união e a coesão levaram ao sucesso da resistência aos ataques do governo até agora. Por isso, as representações permanecerão com o discurso único e um só objetivo: defender os direitos dos Militares Estaduais. A categoria deverá responder ao chamado, quando necessário, lotando a Praça da Matriz.
Texto: Paulo Rogério N da Silva