O novo modelo de gestão do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) em Santa Catarina, agora em parceria com o Corpo de Bombeiros Militar, começa a ser implantado no Estado. O gerente estadual do Samu, tenente-coronel João Batista Cordeiro Júnior, esteve em Criciúma na manhã desta terça-feira, para conversar com as equipes que irão trabalhar em conjunto a partir de agora. A expectativa, com a gestão integrada, é economizar cerca de 10% ao ano, dos R$ 110 milhões que custam o serviço atualmente.
A atual gestão do Samu é feita pela Associação Paulista para o Desenvolvimento da Medicina (SPDM), com oito centrais regionais de atendimento e com um custo de R$ 9 milhões ao mês. Com a integração, a gestão da Secretaria de Estado da Saúde (SES) espera economizar quase R$ 2 milhões, e uma das medidas deve ser diminuir pelo menos quatro centrais. Para compensar, a ideia é implantar uma central estadual de urgência. A mudança de profissionais, de prédios alugados para a sede dos bombeiros, também vai gerar economia.
— Os quartéis do Corpo de Bombeiros, que são próprios, e quem faz a gestão até então tinha imóveis alugados, onde estará migrando para imóveis próprios, a parte de comunicação via rápido também estamos integrando, havia uma rede do Samu e uma dos Bombeiros, hoje todos vão estar na mesma frequência. Essas migrações vão acontecer de maneira gradativa. Desliga uma central, testa, deu certo migra a outra, então é um processo. Imagino que até metade do ano que vem estaremos com tudo já funcionando — projeta o tenente-coronel.
No final de setembro, os gestores das secretarias de Saúde dos municípios aprovaram o novo modelo de gestão, em reunião da Comissão de Intergestores Bipartite (CIB). Agora, o coordenador estadual vai passar por diversas cidades, tirando dúvidas dos profissionais que estarão envolvidos na mudança. O serviço deve melhorar, segundo a SES, e frota que hoje é de 97 ambulâncias, passa a ser de 217 somando os veículos dos Bombeiros, o que possibilita a implantação de novos serviços.
— No corpo de bombeiros teremos unidades que dão o suporte intermediário à vida, hoje temos suporte básico e avançado. São viaturas que vão ser agregados profissionais da saúde, enfermeiros e técnicos de enfermagem, serão 40 unidades com enfermeiros e técnicos 24 horas por dia. A ideia é ir avaliando, conforme também a condição econômica e financeira, ir aumentando a quantidade de serviços — comentou o coordenador.
Como é o serviço:
Atualmente são oito centrais regionais de atendimento: Joaçaba, Florianópolis, Lages, Chapecó, Blumenau, Joinville, Balneário Camboriú e Criciúma.
Gasto mensal: R$ 9 milhões
Frota: 97 ambulâncias
Funcionários: 1.075
Como vai ficar:
A secretaria ainda estuda se irá fechar quatro das oito estruturas espalhadas pelo Estado. No entanto, a expectativa da pasta é de que se construa uma central estadual de urgência, que deve ser gerida pela secretaria estadual.
Gasto mensal previsto: R$ 7 milhões
Frota: 217 ambulâncias — 97 do Samu e outras 120 do Corpo de Bombeiros
Funcionários: de acordo com a gerência de regulação da pasta, o serviço e o número de funcionários devem aumentar até a formulação do novo modelo.
Fonte: Diário Catarinense / LARIANE CAGNINI
Foto: Rogério Danielski