Depois de ter encerrado um edital para venda do terreno do ginásio da Brigada Militar (BM), em Porto Alegre, sem interessados, o governo do Estado ainda não tem definição e estuda medidas a serem tomadas para o espaço. Enquanto isso, o prédio, destruído por um temporal há cerca de seis meses, continua sendo demolido pela empresa contratada. A expectativa é de que os trabalhos se estendam por mais dois meses.

De acordo com a Secretaria Estadual de Modernização Administrativa, e dos Recursos Humanos (SMARH), o secretário Raffaele Quinto Di Cameli ainda está avaliando a situação internamente. Um possível novo edital chegou a ser mencionado através da assessoria de comunicação, que, no entanto, reiterou que não há nenhuma novidade a respeito para ser divulgada. No processo anterior, a expectativa do governo era de arrecadar R$ 125.888.000 com a venda do terreno e do imóvel da Escola dos Bombeiros (Esbo), que, localizado ao lado, entra na mesma negociação. 

O edital havia sido publicado no Diário Oficial na manhã de 21 de fevereiro e previa venda em único lote. Separadamente, o lote do ginásio, área de 9.849,17 metros quadrados localizada na rua Felipe de Oliveira, previa lance inicial no valor de R$ 40.522.000,00. Já a área de 24.788,56 metros quadrados da rua Silva Só, onde fica a EsBO, tinha valor inicial em R$ 85.366.000,00. No entanto, no dia 26 de março, o processo foi encerrado sem nenhuma proposta de compra recebida.

Com a arrecadação, o Estado pretendia utilizar parte dos recursos - no limite de R$ 34.996.309,72 - para construir novas instalações através do comprador, como as futuras sedes do Complexo do Comando-Geral, Escola dos Bombeiros e do Complexo de Educação Física da Academia de Polícia Militar em um local na Avenida Coronel Aparício Borges.

A outra parte seria paga através de caução entregue no dia da concorrência em parcela de 5% sobre o valor da avaliação e o restante seria quitado em duas vezes de 50% - uma no prazo de 30 dias a contar do dia da publicação do edital e outra na assinatura do contrato de promessa de compra, venda e permuta por área construída. Paralelamente ao planejamento da Secretaria com relação ao terreno, a Brigada Militar acompanha o processo de demolição do Ginásio.

De acordo com o major Daniel Paulo Lopes, chefe do Centro de Obras, a previsão dos trabalhos por parte da empresa contratada era de continuar a remoção do telhado ainda nesta sexta-feira para, na próxima semana, começar a derrubada dos outros, que são as paredes laterais. Ele explica que, desde o temporal de outubro do ano passado, tem sido tomadas medidas como o desligamento imediato de energia elétrica. “Nossa preocupação é diminuir 100% dos riscos para a comunidade”, afirma.

O primeiro oitão a ser derrubado, ainda conforme o chefe do Centro de Obras da BM, o que está localizado na divisa com a rua Silva Só. Esse procedimento deve começar assim que a retirada do telhado remanescente for concluída. Ao final do processo de demolição, a empresa deverá retirar os entulhos e fazer o descarte obedecendo as normas ambientais. Com o processo, realizado pela AMG Construtora, o governo vai gastar R$ 67,3 mil. Estão previstos mais dois meses, período que pode variar de acordo com as condições climáticas.

Fonte: Correio do Povo Henrique Massaro / Foto: Alina Souza