Chegam a 12 horas o trabalho das equipes do Corpo de Bombeiros em uma empresa de logística de Penha, no Litoral Norte de Santa Catarina, após incêndio de grandes proporções e reação por produtos químicos na manhã desta terça-feira (20).
De acordo com o Capitão Douglas Tomaz Machado, mesmo após o controle das chamas e rescaldo em grandes incêndios como esse, há a necessidade de um acompanhamento de perto no local e um rescaldo contínuo até eliminar qualquer possibilidade das chamas voltarem.
Até o controle das chamas foram 9 horas de trabalho ininterruptas das equipes do Corpo de Bombeiros da região, por volta das 18h desta terça-feira, os bombeiros chegaram na etapa de rescaldo do incêndio, quando pequenos focos são apagados.
A fase de rescaldo é de extrema importância, pois as equipes buscam os focos de incêndio, sem movimentar ou remover escombros, ou seja, sem mexer na cena, para facilitar o trabalho dos peritos que trabalharão posteriormente para identificar as causas do incêndio.
Somente pequenos focos remanescentes são apagados para evitar que o incêndio retome no local.
Segundo o boletim do Corpo de Bombeiros, 45 bombeiros, entre militares e comunitários, atuaram na ocorrência, além de oito viaturas.
A edificação próxima, que corria risco de pegar fogo caso o incêndio se alastrasse, foi preservada pela ação dos bombeiros. Não houve vítimas.
Incêndio com causas desconhecidas
Uma empresa de Logística entre Penha e Navegantes inundou de água por conta das chuvas desta terça-feira na região, o que acabou resultando em uma reação química soltando grande quantidade de gás tóxico na altura da BR-101.
Equipes do Corpo de Bombeiros de Balneário Piçarras foram acionados até a região para tentar conter as chamas que se alastram pela área.
Informações preliminares afirmaram que o incêndio começou por conta de uma reação química de um produto que entrou em contato com a água, após inundação causada pelas chuvas dos últimos dias, no entanto, o Corpo de Bombeiros esclareceu que o produto em si não causou o incêndio.
De acordo com o relatório mais recente, por volta das 10h desta terça-feira, os especialistas em Emergências com Produtos Perigosos do CBMSC, Major Fernando Ireno Vieira e Major Marcelo Della Giustina da Silva, em análise conjunta com uma engenheira química da empresa atingida, foi constatado que há cerca de uma tonelada de Hipoclorito de Cálcio, usado para tratamento piscinas no local.
De acordo com as informações do major Ireno, o produto químico não é o causador deste incêndio e não há relação com as chuvas.
Ainda de acordo com o relatório, o produto químico em si não causa toxicidade, porém a fumaça é tóxica por conta da quantidade de material combustível próximo, como plástico polietileno e matérias-primas para produção industrial.
O vento que soprava na região levou a fumaça tóxica para bairros próximos na cidade de Navegantes.
A fumaça do incêndio bloqueou a visão dos motoristas que passavam pela BR-101 durante a manhã, fazendo com que a via tivesse que ser interditada em ambos os sentidos. Contudo, na tarde desta terça o tráfego de veículos foi novamente liberado.