Após ter tido o pico de 3,18 metros, ultrapassando a cota de inundação (3 metros) nessa quarta-feira, o Guaíba recua hoje na área do Cais Mauá, no Centro de Porto Alegre, e fica abaixo do índice necessário para transbordamento, estando em 2,92 metros, segundo medição mais recente. 

A cheia nessa quarta-feira foi a maior desde 1941 na Capital. O Departamento Municipal de Água e Esgotos (Dmae) monitora o nível do Guaíba. As comportas permanecem fechadas, reforçadas por 9 mil sacos de areia posicionados na extensão do muro da Mauá.

Conforme o Centro Integrado de Comando de Porto Alegre (Ceic), há 166 pessoas em abrigos provisórios por conta das cheias na cidade, sendo elas: 

73 no Ginásio do Demhab (Santana);
65 na Igreja Nsa. Sra. da Boa Viagem (Ilha da Pintada);
16 na EEEF Custódio de Mello (Serraria);
12 na EMEF Antônio Giudice (Humaitá).

A cheia provocou uma série de transtornos em Porto Alegre. Além da inundação histórica na área do Cais Mauá, a avenida Borges de Medeiros, a sede do Grêmio Náutico União e o Centro de Treinamento do Inter foram pontos que também foram tomados pela água, por exemplo. 

O prefeito de Porto Alegre, Sebastião Melo (MDB), e o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), estiveram reunidos na última noite para coordenar a resposta aos estragos da enchente do Guaíba na Capital.