Guarda-vidas relataram a situação precária de alguns postos de salvamentos de praias catarinenses. Em Balneário Gaivota, no Sul, não há banheiro e faltam equipamentos. O comando do Corpo de Bombeiros disse que há projetos de melhoria para os postos que estão precários, como mostrou o NSC Notícias deste sábado (3).

Dificuldades

"A gente só não ganha o pé de pato. A gente tem que comprar. Inclusive eu comprei um no começo da temporada e paguei R$ 360 com o meu próprio dinheiro", disse um guarda-vidas que não quis se identificar.

O trabalho deles dura 12 horas. Para aguentar a longa jornada, não há sequer cadeira no posto. "A gente tem que trazer a cadeira de casa mesmo. Comprar com o nosso dinheiro e trazer", resumiu o guarda-vidas.

Eles passam ainda mais dificuldades em dias de chuva: "a gente tem que se expremer no canto da casinha, porque escorre água pela parede, no telhado tem goteiras, tem muitas frestas nas portas e na janela".

Durante 12 horas de trabalho, em algum momento vai ser preciso usar o banheiro. Mas aí os guarda-vidas têm outro problema. Muitos postos de Balneário Gaivota não possuem essa estrutura e eles vão até as dunas para procurar alívio.

"Todo mundo que está na praia já percebe que a gente está indo ali, que é pra isso. A gente se sente primeiramente envergonhado e, depois, indignado", relatou o guarda-vidas.

Contraponto

O Comando dos Bombeiros disse que os postos são mantidos em parceria com as prefeituras e que há projetos para melhorá-los. Disse também que os de madeira ficam próximos a restaurantes e que faz parcerias para que os profissionais usem os banheiros dos estabelecimentos.

Já as nadadeiras são um pré-requisito para o candidato que se inscreve para ser guarda-vidas. Mesmo assim, eles podem solicitar para o batalhão o fornecimento ou reposição.

Fonte: NSC TV