Há 46 anos, em 27 de Abril de 1976, ocorreu o incêndio das Lojas Renner, às 12:24h na esquina da Rua Otávio Rocha com Rua Dr. Flores, no centro da cidade, em Porto Alegre. O prédio tinha dez pavimentos e área de 8000 m², edificados num terreno de 1000 m². A 1º viatura do corpo de Bombeiros chegou 5 minutos após o início do sinistro.

O prédio abrigava lojas de departamentos, artigos de vestuários, utilidades domésticas, brinquedos, eletrodomésticos, instrumentos musicais, equipamentos para cine-foto e um restaurante no 7º andar. No momento do sinistro, encontravam-se no interior da loja cerca de 350 pessoas. O fogo iniciou no 3º pavimento.

Toda a cidade se mobilizou para auxiliar as vítimas. Juntamente do corpo técnico do Hospital de Pronto Socorro, centenas de pessoas procuraram o banco de sangue para fazer doações. Após duas horas do início do fogo, ocorreu o desabamento parcial do prédio, do lado da Rua Dr. Flores, diante da elevada temperatura.

Helicópteros sobrevoaram o local sinistrado, mas não executaram salvamentos, em razão da falta de acesso às vítimas, pela grande quantidade de gases quentes, chamas e fumaças. As duas auto-escadas mecânicas realizaram o salvamento de 45 pessoas nos dois últimos pavimentos, onde localizava-se o Restaurante. Foram usados 4200 m3 de água para a extinção do sinistro, retirados da rede pública e Rio Guaíba, através das viaturas e das Lanchas-Bomba General Petrazzi e Coronel Rasgado, que estavam localizadas a 500 metros do local.

Foram empregados 120 bombeiros das Estações Central, Passo da Areia, Floresta, Partenon, Naval e Assunção, com utilização de oito viaturas de combate ao incêndio. Muitas ambulâncias do Hospital de Pronto Socorro permaneceram nas proximidades, auxiliando no transporte e socorro das vítimas.

Houve 29 mortes e 65 feridos (entre os quais três bombeiros), além de dois dias de operações de combate a incêndio e de rescaldo. A atuação dos Bombeiros foi carregada de atos heroicos no afã de salvar vidas. (Comandante de Operações – 1ºTen Cristo, 1976).