Muitas pessoas tem hobbys, dentre eles, colecionar objetos. É o que faz Walter Parizotto há 15 anos. O comandante do 6º BPM (Batalhão de Bombeiros Militar) de Chapecó, no Oeste de Santa Catarina, tem um carinho especial para as mais de 300 miniaturas que coleciona. Os mini cães estão, na sua grande maioria, expostos na sua sala no próprio batalhão.
Tudo iniciou com dois cães que comprou em 2006 em uma loja de utilitários em Florianópolis (SC). O tenente-coronel participava do curso para oficiais do CBMSC (Corpo de Bombeiros Militar de Santa Catarina) e teve a ideia de criar algo simbólico para presentear as pessoas que participavam dos cursos de cinotecnia, ou seja, treinamento com cães.
“Participei de um evento em Bogotá, na Colômbia, e ganhei um quadro que tinha um bombeiro e um cão. Aquilo me chamou a atenção para que pudéssemos entregar uma lembrança aos participantes de cursos. Mas a ideia não foi adiante”, conta.
As miniaturas viraram decoração sobre a mesa do comandante. Porém, foi o ponta pé inicial para ser presenteado por mini cães, formando uma coleção ainda maior.
“Os meninos que trabalhavam comigo na cinotecnia me deram outro de presente, acabei ficando com três. Eu olhei para aquelas miniaturas e gostei e comecei a comprar, a ganhar e quando eu vi já estava com muitos”, relata Parizotto.
Miniatura especial
Uma miniatura se sobressai aos demais. É um cão de porcelana que já tem 60 anos e pertencia a mãe de Parizotto. Na coleção tem, ainda, miniaturas de todos os países da América do Sul, dos Estados Unidos e também de países europeus.
“A miniatura de cachorro da minha mãe é especial. Mas tem outros. Meu filho trouxe uma miniatura dos Estados Unidos, outro colega trouxe uma miniatura da loja do Corpo de Bombeiros de Nova York, tem mini cachorros da Alemanha, do leste europeu, da América Latina tenho de todos os países. Então as pessoas já sabem que esse é meu hobby e amo meus mini cachorros”, diz o tenente-coronel.
Paixão por cães
Parizotto iniciou a carreia com cães farejadores na PMSC (Polícia Militar de Santa Catarina). Ao ingressar na corporação dos Bombeiros, essa paixão por cães continuou. Há 20 anos, esse trabalho de treinamento com cães tem tornado o CBMSC referência para os demais estados e países. Para o tenente-coronel, o envolvimento com cães lhe abriu portas profissionalmente.
“Eu sou mestre em incêndios florestais, mas o destino me levou a área dos cães. Todo trabalho de busca e resgate de vítimas desaparecidas iniciou na cidade de Xanxerê com o meu cão Avaí. Do cão Avaí, seis gerações engrandeceram o trabalho da corporação. Dessa paixão que eu tenho por cães, surgiu também a paixão pelos meus mini cães”, conta.
Sobre essa sensação de colecionar os cães em miniatura, Parizotto disse que transmite tranquilidade. “Meus cachorrinhos trazem inspiração. Eu tive muitas portas abertas profissionalmente por causa dos cães, coisas que eu levaria mais tempo para convencer as pessoas sobre a importância do trabalho com cães de faro e a vida me levou a atuar nessa área”, finaliza.