O Corpo de Bombeiros interditou o hospital Getúlio Vargas em Sapucaia do Sul, na Região Metropolitana de Porto Alegre, por falhas no plano de prevenção contra incêndio (PPCI). Com a ordem, pacientes de um andar inteiro do prédio teriam de sair. Porém, a direção se nega a acatar a decisão, e diz que não tem como suspender o atendimento.

Depois de uma vistoria, os bombeiros concluíram que o terceiro pavimento, onde fica o bloco cirúrgico, a internação psiquiátrica e a unidade de terapia intensiva (UTI), deveria ser interditado. O principal motivo é a falta de uma rampa de evacuação em caso de incêndio, que é uma exigência antiga.

Direção do hospital Getúlio Vargas se nega a acatar interdição de bombeiros em Sapucaia do Sul, no RS (Foto: Reprodução/RBS TV)Hospital é referência no atendimento pelo SUS em
Sapucaia do Sul (Foto: Reprodução/RBS TV)

A direção tentou reverter a interdição na Justiça, mas a decisão foi mantida em favor do Corpo de Bombeiros.

A instituição de saúde, que tem mais de 40 anos, é o único hospital de Sapucaia do Sul e é referência para atendimento pelo Sistema Único de Saúde para municípios vizinhos.

Para atender a determinação judicial, o hospital teria que remover mais de 50 pacientes. Só na UTI, são dez pessoas internadas. Segundo a direção da casa, com a crise nos leitos do estado, não há como cumprir a determinação e manter o andar, que deveria estar interditado, funcionando.

“Hoje, nós estamos salvando vidas. Continuamos salvando vidas, não tem outra alternativa para o hospital a não ser salvar vidas. Muitos não têm condições de saúde de serem transferidos”, alega o diretor administrativo do hospital Getúlio Vargas, Leandro Barcellos.

A direção da instituição apresentou, no lugar da rampa, o projeto de instalação de um elevador de evacuação. Porém, ainda não foi aprovado. Além da remoção dos internados, a ordem da Justiça também determina que o hospital não pode receber novos pacientes.

Na noite de quinta-feira (16), diretores participaram de uma reunião com o prefeito de Sapucaia do Sul, na qual foi decidido manter o atendimento hospitalar.

“Nós queremos negociar com o hospital funcionado, aberto. Quero implantar isso aí. Como prefeito e médico, eu não posso fechar um hospital, porque vamos ter um caos na Região Metropolitana”, afirma Luis Rogério Link, prefeito de Sapucaia do Sul.

Veja a reportagem clicando AQUI

Fonte: G1/RS

Foto: Reprodução/RBS TV