O incêndio no aterro de resíduos sólidos da Rodovia Transacreana, em Rio Branco, completa um mês na quinta-feira (24) e ainda não foi controlado. Diariamente, equipes do Corpo de Bombeiros do Acre e da prefeitura seguem no local fazendo o combate.
O fogo no dia 24 de agosto. Em média, são usados cerca de 50 mil litros por dia no combate e, segundo os bombeiros, até esta quinta já foram usados mais de 1,5 milhão de litros de água na operação.
“Nós estamos hoje completando um mês de combate. Estamos com as equipes lá ainda juntamente com a prefeitura, fazendo o trabalho com pá escavadeira para revirar os entulhos e fazer com que a água chegue até o fundo. Ainda temos muita fumaça, o fogo deu uma diminuída, mas ainda temos alguns focos. Vamos tentar fazer uma vala para que a água chegue até o fundo”, disse a cadete Laiza Mendonça, do Corpo de Bombeiros do Acre.
Mesmo com o incêndio, no último dia 3 de setembro, uma equipe da Rede Amazônica Acre flagrou vários catadores visitando o aterro em busca de recicláveis para vender e conseguir algum dinheiro.
Este é o terceiro ano consecutivo que ocorre o incêndio no aterro sanitário. Em 2018, o fogo começou em julho e levou mais de 50 dias para ser combatido. Já em 2019, o incêndio iniciou no final do mês de agosto e só foi controlado 47 dias depois por bombeiros e equipes da prefeitura.
Recomendação de fechamento
Por conta da situação, o Ministério Público do Acre (MP) chegou a recomendar, no último dia 9 de setembro, o fechamento do aterro de resíduos sólidos da Rodovia Transacreana. A recomendação foi enviada à Secretaria de Meio Ambiente de Rio Branco e ao secretário da Zeladoria da capital.
O MP-AC pediu que fosse suspenso o depósito de qualquer resíduo no Aterro de Inertes em até 30 dias. Ao G1, a prefeitura de Rio Branco informou que o aterro não foi fechado e que deve responder ao MP até esta sexta-feira (24). O órgão não comentou sobre o que ficou decidido.
Na recomendação, o MP-AC destaca que o objetivo é evitar danos ambientais decorrentes do depósito de lixo e resíduos no aterro. O órgão afirmou que um laudo pericial criminal do Departamento de Polícia Técnico-Científica da Polícia Civil do Acre revelou que são depositados no aterro resíduos perigosos e não-biodegradáveis que causam combustão.