Os bombeiros portugueses confirmaram nesta sexta-feira (10) que conseguiram controlar o incêndio que atingia há uma semana a região turística do Algarve (no sul do país), após o fogo deixar dezenas de feridos e destruir uma área semelhante à cidade de Campos do Jordão (São Paulo).
"Podemos dizer que este incêndio está controlado, mas os bombeiros continuam mobilizados", afirmou Patrícia Gaspar, porta-voz da ANPC (Autoridade Nacional da Proteção Civil).
"Temos de permanecer atentos para poder reagir ao retorno das chamas, que devem acontecer pontualmente", afirmou ela.
"O risco de incêndio ainda é elevado pelas condições meteorológicas desfavoráveis, com um aumento da temperatura e a baixa umidade do ar previstas para as próximas horas", completou.
Nesta sexta-feira, mais de 1.300 profissionais, com o apoio de quatro aeronaves, continuavam mobilizados na região.
As autoridades portuguesas já tinham anunciado na quinta-feira (9) à noite que a situação estava "globalmente estabilizada".
Isto permitiu o retorno progressivo dos moradores a suas residências.
O incêndio havia forçado a retirada de 300 pessoas de suas casas, mas não foram registradas mortes.
No ano passado, o pior incêndio da história de Portugal deixou 114 mortos.
Desde o início do incêndio na sexta-feira (3) nos arredores do município de Monchique (164 km ao sul de Lisboa), as chamas deixaram 41 feridos, um deles em estado grave, incluindo 22 bombeiros.
O incêndio em uma uma região com pinheiros e eucaliptos, altamente inflamáveis, destruiu quase 27.000 hectares, de acordo com o EFFIS (Sistema Europeu de Informação sobre Incêndios Florestais).
O incêndio começou há uma semana em meio a uma onda de calor excepcional na Europa. Houve incêndios também na Suécia e na Grécia ?neste último, ao menos 88 pessoas morreram.
Em Portugal, ao menos 40 pessoas foram tratado por sintomas relacionados à inalação de fumaça e por queimaduras, muitos deles bombeiros.
Uma enorme nuvem de fumaça paira sobre a região desde que o fogo começou, atingindo alguns populares resorts na costa.
Fonte: Folhapress