Um jovem de 19 anos precisou ser resgatado pelo helicóptero Arcanjo na última segunda-feira (19) após ser picado por uma víbora venenosa na Costeira do Ribeirão, região Sul de Florianópolis. Morador local, ele estava com o tio limpando o terreno de uma trilha próxima a cachoeira da Servidão Costa do Sol quando foi mordido por um animal da espécie jararacuçu.

Corpo de Bombeiros Militar foi acionado para atender a ocorrência por volta das 16h15min e enviou a equipe do helicóptero Arcanjo pela emergência do caso e difícil acesso ao local. Segundo a guarnição, eles utilizaram a técnica do triângulo de resgate: um tripulante desceu da aeronave de rapel e localizou a vítima, preparando-a para ser içada até um local próximo à praia.

Após ser resgatado, o jovem foi atendido e medicado pelos bombeiros próximo à Rodovia Baldicero Filomeno, a principal rua do bairro. O tio matou a víbora e entregou o animal para que a equipe pudesse fazer o reconhecimento da espécie e escolher o soro antiofídico específico. A aplicação ocorreu no Hospital Universitário, para onde foi encaminhado em estado estável e recebeu o atendimento definitivo.

— O atendimento com helicóptero foi muito importante porque a vítima tinha que permanecer parada e com baixo nível de batimentos cardíacos, para evitar que o veneno do animal entrasse na circulação. Além disso, o deslocamento terrestre e atendimento por maca poderia demorar horas, visto que o local era de acesso muito difícil, o que poderia fazer com que a situação da vítima fosse agravada  — destaca o capitão Felipe Gelain.

Cuidados com animais peçonhentos

Para evitar acidentes com cobras e víboras, o Corpo de Bombeiros Militar orienta que as pessoas que realizam trilhas e trabalhos em mata fechada, ou ainda fazem a limpeza em terrenos baldios, utilizem calçados fechados, preferencialmente botas de cano longo. Ao encontrar alguma serpente na sua residência, quintal ou rua, a recomendação é se afastar do local e chamar os bombeiros se for necessário tirá-la do caminho ou atender algum ferido.

Além disso, qualquer dúvida pode ser esclarecida com o Centro de Informações Toxicológicas (CIT) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). O serviço funciona 24 horas para esclarecer dúvidas de qualquer pessoa que passe por uma situação de intoxicação e contato com animais peçonhentos pelo telefone 0800-643-5252 ou What's App (48) 9902 2683.

Fonte: Gabriel Lima / Diário Catarinense 

Foto: Corpo de Bombeiros Militar / Divulgação