A restrição no atendimento de ocorrências em quartéis de bombeiros em alguns municípios gaúchos deve se estender, pelo menos, até março. A previsão coincide com o fim da Operação Golfinho, período em que agentes deverão ser remanejados para o trabalho de salva-vidas.
Enfrentando falta de recursos para cobrir o pagamento de horas extras, o Corpo de Bombeiros do Rio Grande do Sul voltou a adotar o sistema de rodízio, que implica no fechamento temporário de quartéis durante alguns turnos por mês. No mês passado, GaúchaZH relatou o caso do quartel dos bombeiros de São Luiz Gonzaga, que remanejou o atendimento de emergências para cidades vizinhas em duas datas de novembro.
Para o comandante-geral da corporação, a adoção do rodízio deve ser reforçada devido ao envio de agentes para a Operação Golfinho. No entanto, segundo o coronel Cleber Valinodo Pereira, mesmo no sistema de rodízio nenhuma quartel ficará sem, pelo menos, um agente.
— Na verdade, não é o fechamento do quartel, porque sempre teremos um servidor 24 horas aquartelado para receber telefonemas e acionar o pelotão mais próximo - afirma o comandante.
O Corpo de Bombeiros não detalha quantos quartéis podem ser afetados pelo sistema de rodízio, já que cada um dos batalhões regionais tem autonomia para administrar o pagamento de horas extras. No mês passado, do total necessário para cobrir as horas extras de novembro, o Estado repassou apenas 87% do valor à corporação.
O comando ainda não tem o levantamento de quantos bombeiros serão deslocados para a Operação Golfinho. O fechamento depende da conclusão do treinamento. A Operação começa no próximo dia 16.
Fonte: GaúchaZH / Paulo Rocha
** Foto apenas ilustrativa