A família do pequeno João Victor de Césaro Dal Santo, de 2 meses, enfrentou momentos de sufoco no final do mês de dezembro, quando o recém-nascido se engasgou com o leite materno e foi salvo por bombeiros militares em Chapecó, no Oeste de Santa Catarina. Nesta quarta-feira (19), os pais e os avós de João Victor visitaram o quartel do Corpo de Bombeiros para reencontrar os heróis que salvaram seu filho da morte.
A mãe, Tailine Vitória de Césaro, conta que aguardava o filho arrotar após a amamentação quando o leite materno começou a sair pelo nariz e a boca do bebê, causando um engasgamento. “Eu chamei imediatamente meus pais e esposo. Ficamos todos muito nervosos e ligamos para o Corpo de Bombeiros. Enquanto eles passavam as orientações já enviaram uma viatura. Para agilizar, fomos ao encontro e em questão de dois minutos eles já estavam salvando meu filho”, recorda a mãe.
A soldado Andressa Badalotti Santin estava entre a equipe que atuou no salvamento e conta detalhes do atendimento. “Nos encontramos na metade do caminho entre o quartel e a casa da família. Imediatamente eles desceram do carro e entregaram o bebê. Começamos as manobras para fazer a obstrução do bebê. Na terceira manobra ele desengasgou e começou a chorar. Quando a família chegou ele já estava bem molinho e roxinho, sinais de que já estava engasgado há bastante tempo”, conta.
Em seguida, o pequeno foi submetido à máscara de oxigênio e encaminhado ao Hospital Materno Infantil, onde passou por avaliação médica. “Chegando ao hospital ele já estava bem ‘coradinho’. É mais uma história feliz para a gente contar”, conta Andressa, que já havia atendido outras ocorrências de engasgamento antes.
O encontro entre a família e os heróis de farda emocionou a todos e contou com uma carta de agradecimento. Além disso, os familiares puderam conhecer a central de emergência que recebe as ligações. Segundo os bombeiros, ligar no 193 deve ser a primeira atitude em casos como esse.
“Não tem nem explicação, se não fosse por eles poderia não estar mais aqui. Esse encontro é uma grande alegria. Só gratidão”, disse a mãe. “Se não fosse a ajuda do bombeiro, nós não conseguiríamos. Ficamos passando de colo em colo em situação de desespero. Só tenho a agradecer o que eles fizeram por nós”, acrescentou o pai, Cássio Dal Santo.
Leia a carta na íntegra:
“Os anjos existem, mas diferente do que imaginamos, eles não possuem asas, nem poderes celestiais. São como as pessoas normais. O amor ao próximo é o que os torna especiais. Estes anjos estão sempre prontos para ajudar com duas vidas para salvar os outros.
São fortes e corajosos. Vocês são anjos merecedores do nosso respeito e carinho. Por muitos vocês são chamados de bombeiros, mas eu os chamo de anjos. Anjos verdadeiros. Muito obrigado por tudo. Que Deus abençoe grandemente vocês.”