“Ver meu filho sem respirar, sem se mexer, é algo que nunca saberei explicar”, foi o que a fisioterapeuta, Aline Eleto da Silva, de 33 anos disse ao relatar o susto que teve depois que seu filho de cinco dias de vida engasgou com leite materno, na tarde desta segunda-feira (20).

Segundo Aline, por volta das 14h45, enquanto amamentava o filho Henrique, em casa no bairro Liberdade, na Região da Pampulha, em Belo Horizonte, percebeu que ele engasgou com o leite materno e parou de respirar.

“Ele parou, ficou mole, não reagia a nada. Tentei manter a calma e pedi minha mãe para ligar para os bombeiros”, contou.

Enquanto os bombeiros não atendiam a ligação, Aline começou a fazer manobras de reanimação no filho.

“Eu fiquei calma, mas por dentro estava morrendo de medo de perder meu filho”, disse ela.

Quem atendeu o chamado foi o tenente Magno Rodrigues de Oliveira que passou pela mesma situação com a própria filha há 13 anos.

“Quando atendi a mãe já estava desesperada. Eu lembrei da minha filha que na época tinha 22 dias. Ela engasgou e eu fiz o procedimento. Jamais vou esquecer”, contou o tenente.

Magno disse que foi passando as instruções para que Aline reanimasse o pequeno Henrique.

“Foi preciso três manobras para ele voltar. Só depois do choro é que veio o alívio”, contou. A ligação durou cerca de oito minutos.

O tenente disse que é comum este tipo de chamada no Corpo de Bombeiros. Só neste mês, foram registradas 55 ocorrências de engasgos na Região Metropolitana de Belo Horizonte.

Segundo Aline, o bebê, filho único, foi examinado pela pediatra e passa bem.

“Mamou novamente e já está com aquela carinha de anjo de sempre”, disse a mãe aliviada.