Um levantamento do Corpo de Bombeiros, feito a pedido do G1, mostrou que só nos primeiros meses deste ano 1.589 animais silvestres já foram resgatados em diversas situações nas cidades do Acre. O maior número está na capital Rio Branco, que já registrou, até o sábado (23), 927 capturas.

Os dados são de janeiro até 23 de maio.“Todos os dias temos esses resgates, só que divulgamos pouco. Para se ter uma ideia, em Rio Branco, nós temos em torno de 10 capturas todos os dias de vários animais como cobra, jacaré, preguiça”, informou o major Claudio Falcão.

Os animais são encontrados em situações de cativeiro em casa, com machucados nas ruas, ou até mesmo por aparecerem de surpresa nos quintais, por exemplo. Ao serem recapturados, o major informou que a maioria deles é devolvida para a natureza em local que não ofereça riscos para eles nem às pessoas. Alguns que necessitam de cuidados são enviados para o Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas), na capital.

Na última quinta-feira (21) em Tarauacá, no interior do Acre, os bombeiros foram acionados para resgatar um bicho-preguiça que estava no quintal de uma residência, no bairro Cohab. Os bombeiros informaram que o animal estava bem e foi solto na floresta.

“No interior também tem o mesmo número aproximado, o que leva a pelo menos 20 capturas diárias em todo estado. São muitas capturas”, reforçou o major.

Outras capturas

Ainda quinta (21), os bombeiros também fizeram o resgate de um macaco da espécie 'zogue-zogue', em Sena Madureira, após uma denúncia.

O animal não estava machucado, nem tinha problemas de saúde, mas foi encaminhado ao Cetas para que ele passe por uma reabilitação para ser inserido na selva novamente.

Em fevereiro deste ano, uma família de capivaras foi resgatada por após cair dentro de um bueiro a céu aberto, no bairro Irineu Serra, em Rio Branco.

O resgate ocorreu durante a forte chuva que caia na capital acreana, quando a mãe e quatro filhotes acabaram caindo no esgoto. Após o resgate, a mãe conseguiu escapar e as equipes preferiram não ir atrás para não deixar os animais mais estressados.