O major Diógenes Munhoz, 48, do Corpo de Bombeiros Militar do Estado de São Paulo, lembra com detalhes de uma emergência: quando era tenente, passou seis horas em uma torre de telefonia da avenida Campanella, em Itaquera, na zona leste de São Paulo, para evitar um suicídio.
No Corpo de Bombeiros desde 2000, Diógenes já era habituado aos chamados. O protocolo era simples: uma ação tática, para distrair e pegar o tentante. "Só que não tem como você fazer isso com uma pessoa na mesma escada que você, num patamar mais acima. Eu estava em uma escadinha de marinheiro, daquelas que ficam em torno de caixas d'água", conta.
A saída naquela situação foi conversar. E, então, conheceu pela primeira vez a pessoa do outro lado. Em 30 minutos, sabia quem era, no que trabalhava. Depois, descobriu sobre a família. "Era alguém comum, que por vários motivos a vida começou a se tornar negativa, as coisas começaram a não fluir", lembra.
Enquanto conhecia a história, Diógenes se deu conta de que a abordagem então utilizada não previa casos como esse, em que "distrair e pegar" não era uma opção. "Entendi que não tínhamos nada, uma técnica que fizesse a pessoa desistir."
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