Dois helicópteros que compõem a frota do Corpo de Bombeiros foram retirados de circulação momentaneamente por falta de seguro. De acordo com informações do governo do estado, o prazo da garantia expirou na última semana, o que contribuiu para que eles fossem afastados da corporação.

Ao todo, o Corpo de Bombeiros conta atualmente com sete aeronaves, das quais cinco estão com a apólice de seguro em vigência. No entanto, informações obtidas pelo Estado de Minas mostram que algumas funções ficaram paralisadas em todo o estado em função do déficit na frota, tais quais:
 

Desde janeiro, os helicópteros também têm sido usados para o transporte de vacinas para todo o estado.

Acidente 

O assunto veio à tona e surgiu como preocupação depois que um helicóptero da corporação sofreu acidente em 28 de junho em Jequitaí, no Norte de Minas, com quatro pessoas a bordo.
 
A aeronave aterrissava em uma área de terra e, na manobra, subiu uma nuvem de poeira (efeito conhecido no meio como 'brown out') que desorientou o piloto e levou à queda. Os bombeiros faziam resgate de uma vítima com risco de infarto.
 
O Corpo de Bombeiros explicou que, no momento do acidente, todas os aeronaves estavam com o seguro em dia. Ele é renovado anualmente pelo governo do estado. 
 

'Sem interessados' 

 
O problema nas duas aeronaves sem seguro se refere ao processo de licitação que ficou pendente por falta de interessados. Os modelos irregulares não foram divulgados pela corporação.
O governo do estado alegou que não há uma data específica para nova licitação e, por isso, não há prazo para que as aeronaves voltem a circular. 
 
“As aeronaves cujos seguros venceram permanecem em perfeitas condições de voo, todavia o emprego das aeronaves nesse curto ínterim de ajuste da apólice está sendo mais criterioso e restritivo considerando a especificidade da situação”, completa a nota.
 

Sem demonstração 

 
Em virtude do déficit na frota, o Corpo de Bombeiros não usou nenhum helicóptero nas demonstrações do lançamento do plano de resposta para prevenção e combate aos incêndios florestais no Parque Estadual do Serra do Rola Moça, em Nova Lima, na Grande BH, nesta terça-feira (13/6). A única aeronave que estava à disposição precisou ser deslocada para atender a uma ocorrência.
 
Na operação de busca pelos restos mortais da tragédia na mina do Córrego do Feijão, em Brumadinho, a corporação já não utiliza mais as aeronaves nos trabalhos.
 
Ainda que o seguro do casco não esteja em dia em dois helicópteros, o Corpo de Bombeiros alega que o seguro aeronáutico encontra-se válido e vigente em todas as aeronaves da frota. Este último protege os proprietários de aeronaves e empresas que atuam no setor da aviação em geral, contra os riscos da atividade.
 
“Como o vencimento do seguro de algumas das aeronaves aconteceu na semana passada e o pregão realizado para a aquisição de novo seguro resultou deserto, está sendo realizado novo processo de compras para efetivação da renovação do seguro”, diz a nota da corporação.