O Itamaraty informou que a missão de assistência humanitária enviada pelo Brasil ao Chile, em apoio ao combate aos incêndios que assolam florestas daquele país, já está atuando. A ajuda foi anunciada no dia 8 pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em resposta ao pedido de auxílio feito pelo governo chileno.

No dia 9, quando Lula estava em viagem oficial aos Estados Unidos, o presidente em exercício Geral Alckmin assinou o decreto autorizando o deslocamento da equipe que integra a missão brasileira.

Segundo o Ministério das Relações Exteriores, a missão já está trabalhando “de forma escalonada e contínua”. O início da ajuda se deu com a chegada de duas aeronaves da Força Aérea Brasileira (FAB) a Concepción – um avião KC-390 Millennium e um Hércules C-130 equipado com o Sistema Modular de Combate a Incêndio Aerotransportado.

No dia 10, foram enviados também 36 profissionais e dezenas de equipamentos de última geração pela Força Nacional de Segurança Pública. A chegada às regiões mais atingidas foi no dia 14, uma vez que, devido ao volume e ao peso dos equipamentos, o deslocamento, de Brasília até o centro-sul chileno, foi via terrestre.

“Entre as ferramentas que estão sendo utilizadas pelas equipes da Força Nacional estão viaturas adaptadas, bombas de alta pressão e baixa vazão, reservatórios flexíveis de água para operação com aeronaves, e drones para imageamento aéreo”, informou o Itamaraty.

De acordo com o Serviço Nacional de Prevenção e Resposta a Desastres do Chile (Senapred), pelo menos 24 pessoas morreram devido aos incêndios e 2.750 atendimentos de saúde já foram registrados.

Em balanço divulgado pela Senapred nesta quinta-feira (16), 50 incêndios estão sendo combatidos e 147 já foram controlados. Outros 21 foram extintos e 10 estão sob observação.

Edição: Fernando Fraga

 

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Um dos integrantes dessa importante missão é Rodrigo Piccoli, de 40 anos, 2º Sargento do Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Rio Grande do Sul - CBMRS, com atuação há aproximadamente 16 anos, lotado em Caxias do Sul, que está atualmente Mobilizado na Força Nacional de Segurança que atua em diversos estados do Brasil afora.

“O que me motivou a entrar para o Corpo de Bombeiros foi a afinidade com a profissão, que visualizei no momento em que atuei no exército. Isso me motivou a prestar concurso na época, para a Brigada Militar, e depois, houve a separação em 2018, quando se tornou Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Rio Grande do Sul - CBMRS. Essa motivação me deu no dia a dia de conhecer a profissão, de verificar e admirar muito os profissionais, a corporação, saber o quão grande é esse tipo de trabalho para a sua vida. A partir daí me preparei para todas as etapas do concurso até o curso de formação. Isso foi cada vez me fazendo crescer a chama e o amor de ser bombeiro. Isso a gente escolhe para a vida da gente, em fazer parte daquela instituição, como uma família. É uma dedicação exclusiva, em trabalhar para salvar vidas e ajudar o próximo” -  diz Rodrigo.