Pelo menos 20 famílias já solicitaram ajuda dos bombeiros de Viamão para conseguir sair de casa na manhã desta quinta-feira (7). A chuva forte registra o maior volume do ano no município: em seis horas, foram 125 milímetros. Desde a madrugada, várias ruas ficaram alagadas.

Os principais problemas ocorrem nos bairros Vila Augusta, Santo Onofre, Jardim Universitário, Vila Gaúcha, Cecília, Carlota, São Lucas e Estalagem. O transbordamento de arroios prejudica os moradores.
Há relatos de estruturas danificadas pela correnteza principalmente em avenidas e ruas próximas a arroios, com registros de postes e muros derrubados e materiais de obras que foram levados pela água.

Até as 8h, pelo menos 20 famílias haviam solicitado a ajuda dos bombeiros e foram realocadas de suas casas. Ao longo da manhã o número pode aumentar, disse o secretário-geral de governo de Viamão, engenheiro Nilton Magalhães. Entre os locais mais afetados, estão a Vila Augusta, a região da Agronomia e o Jardim Universitário. Não foram registrados desmoronamentos.

Em entrevista ao Gaúcha Atualidade, Magalhães afirmou que a chuva desta quinta foi "a maior já vista no município".

— Esse é um dia muito triste. Historicamente, nós nunca tivemos uma chuva tão grande. Regiões que nunca sofreram alagamentos passaram por isso nessa madrugada.

No Instituto de Cardiologia do município, telhas cederam e a água danificou quatro quartos. Os sete pacientes que estavam nos locais foram remanejados para outras salas do hospital. Todos os serviços na instituição foram mantidos.

Moradora da Vila Augusta, Maria Fernanda Souza da Conceição relatou estragos causados pelo temporal.

— A chuva começou pelas 23h. Acordei com a minha filha me chamando porque a água já estava dentro de casa, tive que levantar a geladeira. Meu filho perdeu o carro, entrou água até o retrovisor.

Um dos arroios que transbordou foi nas proximidades da Avenida Paraíso, perto da Protásio Alves, em Porto Alegre. Apesar das cheias, ainda não há relatos de desabrigados ou desalojados.

Fonte e foto: Paulo Rocha / GaúchaZH