Em mais uma reunião histórica de mobilização no Rio Grande do Sul, representantes da Segurança Pública reuniram-se na tarde desta segunda-feira (28), na sede da Associação dos Delegados de Polícia do RS – ASDEP, para tratar sobre a reposição das perdas salariais inflacionárias acumuladas.
Da Associação de Bombeiros do Estado do RS – ABERGS, participou da reunião o Coordenador Geral Adjunto, 1° Sargento Ubirajara Ramos; o Coordenador de Secretariado Adjunto, 2° Sargento Nelvio Rodrigues; e o Coordenador Regional no Litoral Norte, 2º Sargento Jeferson Luiz da Rosa França.
Durante a reunião, os coordenadores e presidentes de entidades falaram sobre a inexistência de diálogo e políticas de valorização dos servidores da segurança por parte do Governo do Estado, e juntos, elaboraram nota oficial que deverá ser entregue aos Parlamentares e também ao Poder Executivo.
“Necessitamos no mínimo da recomposição inflacionária, pois a última lei de revisão foi em 2014, bem como melhores condições de trabalho para todos os integrantes da segurança pública”, destacou o Coordenador Geral Adjunto da ABERGS.
A foi assinada pela ABERGS, AOFERGS, ASDEP, ACP/RS, SINPOL-RS, UGEIRM, SindiPerícias-RS, ASPAPI, AMAPERGS, ACRIGS, ASOFBM, ASSTBM, ABAMF e ASPRA-RS.
Leia abaixo a nota:
NOTA OFICIAL DO COLEGIADO DAS ENTIDADES DA SEGURANÇA PÚBLICA DO ESTADO
Na data de hoje (28/03/22), reuniram-se todas as entidades representativas dos órgãos da Segurança Pública do Estado do Rio Grande do Sul (Polícia Civil, Brigada Militar, Corpo de Bombeiros Militar, Instituto-Geral de Perícias e Superintendência dos Serviços Penitenciários), com a pauta de debater as medidas necessárias para que o Governo reconheça a especialidade do serviço essencial e indelegável das carreiras de estado da segurança pública, apresentando proposição de reposição das perdas salariais inflacionárias acumuladas.
Diversos estados estão reconhecendo o trabalho dos agentes da segurança pública que enfrentaram nas ruas o período de pandemia em defesa da sociedade, concedendo reposições diferenciadas. Infelizmente, mesmo o governo do Estado apresentando significativos resultados na segurança pública, graças ao esforço (com a própria vida) dos profissionais da área, sequer as categorias foram recebidas para dialogar.
A situação ficou insustentável, diante de um quadro de descaso e sucessivas retiradas de direitos, de modo que o movimento ganhou a adesão dos militares.
O espírito público que pautou a reunião foi sendo constantemente inflamado com as diversas demonstrações de que há um superávit orçamentário que teve como suporte a retirada de direitos dos servidores, de modo que a reposição dos índices inflacionários do período não é concessão de nenhuma vantagem, é dever constitucional.
Diante disso, como medida inicial, as entidades civis decidiram manter a paralisação nos dias 29 e 31 de março, o que foi apoiado pelas entidades militares. Posteriormente, após a visitação aos Deputados na Casa do Povo, marcada para amanhã (29/03), outras ações de mobilização serão adotadas caso não haja uma resolução razoável por parte do Governo, dentro do prazo legal.
Segurança pública eficiente depende de servidores valorizados e respeitados, o que não está acontecendo no Estado. O erro do presente poderá afetar o serviço por diversos anos futuros!
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Saiu na Imprensa:
Rádio Guaíba: Servidores da Segurança Pública voltam a protestar em Porto Alegre por reposição salarial
Sul 21: Na expectativa pelo governo de Ranolfo, servidores da segurança confirmam paralisação
ABERGS
Unidos em um só corpo, Corpo de Bombeiros