Enfrentando o período de estiagem, o tocantinense cada vez mais vê as áreas verdes sendo consumidas por incêndios florestais. Até julho deste ano, foram combatidos mais de 200 focos em que as chamas ganharam grandes proporções em Palmas. A maioria tem origem criminosa, segundo os bombeiros.
Em todo o estado, foram combatidas mais de 800 queimadas. Os dados são Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) até o mês de julho. A capital está entre as 30 cidades que mais registraram queimadas no estado, segundo o Inpe.
Na terça-feira (1º), um desses incêndios registrados pelo órgão destruiu cerca de 30 mil metros de vegetação. O Corpo de Bombeiros levou quase três horas para combater o fogo.
O borracheiro Pedro Vaz viu a altura que chegaram as chamas. “Quando dei fé o fogo já estava explodindo sobre o capim-colonião, que é muito com para fogo. E hoje estamos vendo aí destruído pelo fogo, por pessoas que não estão tendo a responsabilidade pelo que a nossa natureza oferece”, disse.
O período é crítico na capital e também no restante do estado. O Tocantins é o terceiro no ranking nacional de focos de queimadas.
“Nesse período nós temos uma combinação perfeita para esse tipo de ação que é temperaturas acima de 30°C, rajadas de vendo acima de 30 km por hora e umidade relativa do ar abaixo de 30%. Porém, para que aconteça um incêndio é necessário que alguém inicie esse incêndio, vá lá e risque um fósforo, um isqueiro, seja lá o que for e ocasione esse tipo de problema. A partir de julho em diante, toda e qualquer tipo de queima está proibida aqui no estado do Tocantins e qualquer incêndio, fogo em vegetação é uma ação criminosa”, alertou o tenente coronel Alex Matos Fernandes, comandante do 1º Batalhão dos Bombeiros.
“Nosso foco sempre é a prevenção não deixar queimar, mas infelizmente a gente depende muito da sensibilização da população, da consciência para que não faça o uso do fogo. Além disso tem a questão da resposta, que é o combate propriamente dito realizado pela brigada. Pegou fogo, é tentar reduzir o tamanho dessa área que vai ser queimada e no final do período de estiagem nós temos a recuperação dessas áreas verdes urbanas que pegaram fogo”, explicou Bruno Grama, superintendente Defesa Civil de Palmas.
Além da natureza que tem sido devastada pelo fogo, a população também sofre com as queimadas.
“Temos que fazer tudo para que isso não aconteça mais, porque é uma destruição total. E isso é todo ano que está acontecendo nessa área verde”, reclamou o borracheiro, que mora perto do local onde pegou fogo na região central de Palmas.
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