Depois de um dia de intensas reuniões, que incluiu um almoço entre o presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, e as bancadas estadual e federal da sigla, além de um encontro de todo o diretório da legenda, à noite, o partido decidiu adiar para março a saída do governo José Ivo Sartori (PMDB).

A decisão não foi fácil e exigiu acordo de última hora. Em discurso à noite, a deputada Juliana Brizola afirmou que, em deixando a base agora, cresciam as chances do partido de “de voltar ao protagonismo” (em referência já à campanha de 2018). “O pacote tem coisas inegociáveis e tirar a consulta popular me parece algo mal intencionado. Essas medidas propostas (por Sartori) não resolvem o problema das finanças”, disse, cobrando abertura da “caixa-preta” das isenções.

Lupi, que queria o rompimento agora, foi em tese convencido de que o afastamento imediato expunha a bancada estadual a constrangimento. Ele defendeu, no entanto, que a saída do governo tenha uma data-limite. Lupi considerou que o adiamento para março “é o consenso pela preservação do partido”.

O prefeito de Canoas Jairo Jorge (ex-PT), que deve se filiar ao PDT em 12 de dezembro, é cotado para disputar o governo do Estado pela legenda em 2018.

Fonte: Correio do Povo