Segundos de descuido podem significar a vida ou morte de uma criança. Em 2012, o afogamento foi a segunda causa geral de óbito em crianças de zero a nove anos, no País, segundo a Sociedade Brasileira de Salvamento Aquático (Sobrasa). Medidas de segurança podem ser tomadas para prevenção de acidentes domésticos.
A comandante geral do Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Piauí (CBMPI), Major Najra Nunes, explica que, em um ambiente com crianças, o adulto deve se mostrar vigilante. “Precisam ser evitados todo tipo de riscos para bebês e crianças, verificando se há, na residência, fios desencapados. Deve-se evitar eletrodomésticos ligados, que não estão sendo usados e não deixar expostos baldes de água ou piscinas e tanques desprotegidos, porque toda criança gosta de água. Acima de tudo, observar a criança o tempo inteiro”, ressalta.
Primeiros Socorros
Caso o afogamento aconteça, a Major Najra Nunes recomenda o acionamento do Corpo de Bombeiros da região, ligando para o 193 ou para o 192, do Samu. “Você tem que saber o serviço de emergência da sua área, região. Enquanto isso você já tem que aplicar os procedimentos de manutenção dos sinais vitais da pessoa, que é a respiração e batimento cardíaco”, aponta.
Para a comandante do CBMPI, o conhecimento dos primeiros socorros é imprescindível em situações como essa e deveriam ser ensinados nas escolas. “Quem não tem acesso ao corpo de bombeiros ou a unidade hospitalar deve manter a respiração da pessoa, que é fazer a hiperextensão do pescoço para abrir as vias aéreas dessa criança. Se ela não estiver respirando, você tem que proceder com a ressuscitação pulmonar, que é complicado de explicar por telefone. Isso só tem como explicar visualmente”.
O curso de primeiros socorros pode ser oferecido pelo Corpo de Bombeiros por meio de ofício. Contudo, a prevenção continua sendo a melhor maneira para lidar com acidentes domésticos.
Por: Valéria Noronha - Jornal O Dia