Policiais civis e militares do Corpo de Bombeiros da Paraíba começaram, no início da manhã da quarta-feira (4), uma operação de busca por pistas do menino José Carlos, de 8 anos, desaparecido há duas semanas na Zona Norte de Natal. Quatro cães farejadores, entre eles, um usado em busca de vítimas do caso Brumadinho, ajudam no trabalho.
As buscas começaram por volta das 5h. Essa é a primeira ação efetiva de busca das autoridades, duas semanas após o desaparecimento da criança. "Estamos aqui com quatro cães, dois especializados em busca de cadáveres e outros dois de odor específico", informou o major Edson Ferraz, do Corpo de Bombeiros da Paraíba.
De acordo com ele, uma calça do menino foi apresentada aos cachorros, para que eles pudessem sentir o cheiro e rastrear os locais por onde a criança passou. O ponto de partida foi o local onde o menino foi visto pela última vez, pela mãe, antes de desaparecer.
A mãe do menino, Ozenilda das Dores da Silva, afirmou que ficou um pouco mais aliviada em ver a operação em andamento. Desde o dia 21 de outubro, a família sofre com o desaparecimento de José Carlos.
Familiares, vizinhos e amigos fizeram manifestações cobrando investigação do caso. No dia em que desapareceu, a criança saiu de casa para levar um suco para os irmãos que estavam pedindo dinheiro em um semáforo. A própria família já fez buscas na região.
De acordo com o Corpo de Bombeiros, os cachorros indicaram um local por onde o menino tinha passado, o que serviu para a Polícia civil coletar imagens de câmeras de segurança.
Os policiais e bombeiros procuraram por pistas em uma área de mata. Os cães indicavam rastros e toda a área foi mapeada. A operação deve continuar nos próximos dias, sempre nos horários menos quentes, para garantir o conforto dos animais usados nas buscas.
"Estamos checando todas as possibilidades para evitar que escape qualquer coisa. A gente vai continuar seguindo todas as pistas que chegarem até termos uma resposta sobre o caso", disse o delegado Cláudio Henrique, do núcleo de investigação sobre desaparecidos na Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).