Com apoio da Companhia Especial de Busca e Salvamento do Corpo de Bombeiros Militar, a Polícia Civil realizou uma operação de escavação no terreno onde fica o templo macabro, suspeito de ter abrigado um ritual de sacrifício de duas crianças. O local, que fica em uma estrada de chão batido da ERS 020, em Gravataí, passa por uma varredura.
Cães farejadores dos bombeiros capazes de farejar cadáveres alguns metros abaixo da terra, foram empregados. O trabalho entre essa segunda-feira e terça-feira, com aval judicial, foi coordenado pelo delegado Rogério Baggio, da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa de Novo Hamburgo, que apura o caso. Ele já recebeu mais 60 dias de prazo, concedido pela juíza Ângela Roberta Paps Dumerque, da Vara do Júri da Comarca de NH, para concluir o inquérito sobre o caso das duas crianças mortas e esquartejas em possível ritual satânico.
A nova busca no templo, ocorrida agora, também havia sido autorizada pela magistrada. Ela também deferiu a quebra de sigilo bancário dos investigados e uma ação em uma loja de esquadrias, além do acesso ao conteúdo dos computadores e celulares apreendidos.
As vítimas do sacrifício humano seriam um casal de irmãos por parte de mãe, sendo um menino na faixa etária entre 8 e 10 anos, e uma menina entre 10 e 12 anos de idade. A identificação das crianças ainda não foi possível e existe a possibilidade de que as crianças sejam de nacionalidade argentina.
Quatro pessoas, incluindo o líder da seita, encontram-se presas. Outras três estão foragidas. O líder da seita é defendido pela Mejìa Advogados, com sede em Lajeado, que contesta a acusação sobre seu cliente por entender que inexistem provas.
Fonte: Correio do Povo
Foto: Alina Souza