Em declarações no final da reunião, o presidente da LBP Jaime Marta Soares disse que Eduardo Cabrita "reconheceu, mais uma vez, o valor dos bombeiros e a sua importância, considerando-os a grande força da estrutura da proteção civil", tendo, na reunião, mostrado "o seu respeito, admiração e agradecimento aos bombeiros".
A reunião entre o ministro e o presidente da LPB surgiu depois da polémica sobre as formaturas oficiais de receção ao Presidente da República e primeiro-ministro em Monchique, nas quais os bombeiros não estiveram presentes.
O facto de não terem participado foi considerado por Marta Soares como "uma manifestação de desrespeito aos bombeiros que se sentiram revoltados, magoados e ofendidos" com a situação, tendo pedido explicações ao ministro.
Eduardo Cabrita "fez questão em afirmar perentoriamente e olhos nos olhos o respeito e admiração pelo trabalho dos bombeiros", acrescentou o dirigente que se mostrou muito satisfeito com o gesto do ministro.
O encontro serviu também para se abordarem as propostas de reformas para o setor, nomeadamente a lei organização da proteção civil, que, no entender de Marta Soares "em muitas situações podia evitar casos destes", estando previstas reuniões até 15 de setembro, "para que até ao final do ano os bombeiros possam participar na reforma da lei".
A questão da estratégia utilizada no combate ao incêndio de Monchique não foi abordada na reunião porque o ministro ainda está a aguardar um relatório.
"Neste momento uma análise ao que se passou, o que correr bem e menos bem seria precipitado", disse o dirigente.
À margem da reunião desta segunda-feira com o presidente da LBP, Eduardo Cabrita enviou cartas a todas as corporações de bombeiros onde destaca o "papel decisivo" num combate exigente e difícil no incêndio que lavrou nos concelhos de Monchique, Silves, Portimão e Odemira.
"Transmito, por isso, às centenas de bombeiras e bombeiros que combateram este incêndio, o meu reconhecimento e gratidão", lê-se na missiva.
O ministro quis saudar "de modo especial os bombeiros voluntários -- a principal estrutura de suporte do dispositivo especial de combater a incêndios -- pela abnegação, altruísmo e entrega sem limites, na defesa de pessoas e bens".
De acordo com o Sistema Europeu de Informação de Incêndios Florestais, as chamas consumiram cerca de 27 mil hectares. Em 2003, um grande incêndio destruiu cerca de 41 mil hectares nos concelhos de Monchique, Portimão, Aljezur e Lagos.
O incêndio provocou ferimentos em 41 pessoas, uma das quais em estado grave que ainda se encontra hospitalizada.
Fonte: Política ao Minuto / EDUARDO CABRITA