O Corpo de Bombeiros tem aproximadamente 2,5 mil procedimentos de análise de documentos de Plano de Prevenção Contra Incêndio (PPCI) pendentes em Porto Alegre. Conforme a corporação, ainda existem pedidos mais complexos de agosto de 2016 sob análise, mas alguns documentos de fevereiro deste ano, por exemplo, já foram aprovados.
A análise de documentos é o primeiro passo para que interessados possam receber o PPCI de espaços ou estabelecimentos. Após a aprovação do plano, uma vistoria é feita pelos bombeiros, para verificar se aquilo que foi aprovado na análise do projeto está devidamente adequado no espaço físico. Para tentar minimizar os problemas de análise, o Corpo de Bombeiros criou recentemente uma força-tarefa específica para atuar em Porto Alegre. Conforme o tenente-coronel Evaldo Rodrigues de Oliveira Júnior, responsável pela Força-Tarefa, a estimativa é que, até o final do mês de agosto, o passivo de análises de PPCIs esteja dentro do prazo estabelecido pela corporação.
“Hoje, nós temos um passivo de 2,5 mil planos. Temos uma realidade em Porto Alegre, porque a demanda é muito maior, e outra realidade na Região Metropolitana e interior do Estado. Nós não temos problemas de prazos em outras cidades, que não Porto Alegre. Chegamos a um prazo muito ruim, de 300 dias para análise. Então, iniciamos essa força-tarefa de análise.” disse. Segundo Evaldo, durante a Força-Tarefa, que recebe apoio de servidores do interior do Estado, mais de 1,5 mil pedidos de análise de procedimentos já foram examinados.
Segundo o Corpo de Bombeiros, a falta de efetivo e a grande demanda de pedidos fazem com que a análise demore mais tempo. Recentemente, uma Força-Tarefa praticamente zerou vistorias pendentes na Capital. Atualmente, de acordo com a corporação, a média de espera para visita dos bombeiros é de 15 dias.
Demora em liberação prejudica empresários
Em muitos casos, a demora para liberação ou renovação do PPCI faz com que estabelecimentos comerciais não abram ou tenham dificuldades em regularizar alvarás. O presidente do Sindicato de Hospedagem e Alimentação de POA e Região (Sindha), Henry Chmelnitsky, afirmou que é comum a entidade receber reclamações de empresários do setor.
“A demora da liberação do PPCI é real, ela atrapalha. E essas fiscalizações são para o bem da sociedade. O Corpo de Bombeiros tem que encarar isso de uma vez por todas, com uma grande força-tarefa, que zerasse mais de 2 mil procedimentos pendentes”, disse.
O dirigente da entidade informou que têm bom contato com as autoridades e busca interceder quando encontra dificuldades.
Fonte: Correio do Povo / Foto: Samuel Maciel