Izaltino Neres da Rocha, de 88 anos, morreu queimado dentro do quarto da casa onde morava, na Rua Abílio Monteiro, no bairro Bom Jesus, em Campo Largo, Região Metropolitana de Curitiba (RMC), no final da madrugada desta quinta-feira (27). Os próprios vizinhos tiveram que conter o fogo porque o Corpo de Bombeiros não compareceu ao local. A princípio, a informação era de que a corporação estava sem qualquer veículo para atender o município, mas um representante do Corpo de Bombeiros negou que esse tenha sido o motivo da ausência, alegando que, na verdade, a corporação não recebeu chamado para ir ao local.
A Polícia Militar (PM) foi acionada por volta das 6h, quando os moradores perceberam o fogo. Uma vizinha, que é inquilina do idoso, levantou para trabalhar e reparou que havia algo errado na casa ao perceber uma fumaça, vindo do quarto onde o homem dormia. Ela tentou chamar, mas ninguém respondeu.
O homem morava com o filho, que é especial e também idoso, por isso não ouviu nada. Na tentativa de entrar na casa, os vizinhos quebraram vidros e fizeram de tudo para conseguir tirar o homem do quarto, mas não conseguiram. Quando o fogo foi finalmente controlado, Izaltino já estava morto.
Um tijolo queimando pode ter sido a causa do incêndio, já que, segundo os próprios vizinhos, o idoso tinha a mania de aquecer o tijolo e coloca-lo na cama para esquentar os pés. O corpo de Izaltino foi encaminhado ao Instituto Médico-Legal (IML) de Curitiba. Apenas equipes da PM e da Polícia Civil estiveram no local para acompanhar o trabalho da perícia da Polícia Científica.
Sem socorro
De acordo com os vizinhos, o Corpo de Bombeiros foi acionado várias vezes, mas nenhum caminhão foi ao local para conter as chamas. Em entrevista ai jornal Tribuna do Paraná, o tenente Carlos Eduardo Otowicz Klein afirmou que a corporação não foi acionada. “A equipe de serviço estava à disposição, mas não recebeu qualquer chamado para atender essa ocorrência”, explicou ele.
Em relação à informação de que os bombeiros estariam sem viaturas para atender as ocorrências da cidade, o tenente disse que o problema de fato aconteceu, mas que, nesta quarta-feira (26), a questão já estava solucionada.
“Uma de nossas viaturas já estava no conserto quando o veículo reserva também apresentou uma falha mecânica e foi encaminhado à oficina. Mas isso aconteceu na segunda-feira (23). Ficamos sem viatura na segunda e na terça-feira, mas ontem (quarta-feira, dia 26), um veículo foi remanejado de outra unidade para a nossa, portanto, no momento dessa ocorrência, já estávamos com uma viatura à disposição”, disse ele.
Questionado a respeito de quando o quartel de Campo Largo deve receber as viaturas que estão em reparo novamente, o tenente não soube informar detalhes.
Fonte: Tribuna
Foto: Colaboração/Marco Pires.