O presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, disse na manhã desta quarta-feira que o partido deve sair “já” do governo de José Ivo Sartori (PMDB). A decisão será oficializada na reunião do diretório estadual que a sigla terá em 5 de dezembro em Porto Alegre. “Dia 5 é logo ali. E eu não tenho meias palavras: o partido não pode esperar mais. Este pacote lançado pelo governo do RS fere todos os princípios trabalhistas e, para mim, vem de um governo que está perdido. O PDT e o governo Sartori são como água e vinho, não há qualquer razão para ficarmos", declarou.

O caso do RS foi um dos temas da reunião dessa terça-feira em Brasília entre a executiva nacional, presidentes estaduais e a bancada federal. “Nossa saída é unânime na executiva nacional. Já falei pessoalmente aqui com o Pompeo (o deputado Pompeo de Mattos, presidente estadual), com o Afonso (Mota, deputado federal) e com o Vieira (da Cunha, ex-secretário de Educação de Sartori)”, informou Lupi.

O dirigente destaca que o anúncio do pacote minou ainda mais a delicada manutenção do apoio pedetista ao governo do PMDB no Rio Grande do Sul. Ele lembra que antes das medidas pretendidas pelo Executivo gaúcho, já havia mantido conversações com a bancada estadual, nas quais foram tratados os encaminhamentos de como se dará a saída. “O único que não falei em profundidade foi o deputado Sossella, mas ele é homem que segue a posição partidária. Falei também com o Burmann (o secretário estadual de Obras, Gerson Burmann). E há este entendimento, de que temos que sair", relatou.

Segundo Lupi, além do pacote e dos desentendimentos a respeito da condução do governo, é inviável para o PDT, que vai lançar candidatos próprios à presidência da República e ao governo do Estado, permanecer na base em 2017, quando já começam as articulações para 2018.

Fonte: Correio do Povo / Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom / Agência Brasil / CP