Perto de fazer um balanço da sua gestão como presidente da Assembleia Legislativa - o que deve acontecer nesta quarta-feira (17) na sede do Legislativo - o deputado estadual Edegar Pretto (PT) negou o pedido de impeachment do governador José Ivo Sartori (PMDB), apresentado pelo Centro dos Professores do Estado Rio Grande do Sul (Cpers Sindicato), em maio de 2017.
Foi um dos últimos atos de Pretto na presidência da Casa - cargo que ocupa até dia 2 de fevereiro, quando Marlon Santos (PDT) assume o posto. Havia expectativa quanto à decisão do presidente, visto que ele é filiado ao principal partido de oposição ao governo do peemedebista. Contudo, o petista considerou que faltava embasamento legal para levar adiante o processo de impedimento.
O Cpers embasou o pedido, citando a delação de um dos diretores da JBS, Ricardo Saud - na qual o executivo acusou Sartori de ter recebido R$ 1,5 milhão em propina da empresa, através da candidatura presidencial de Aécio Neves (PSDB), na campanha eleitoral de 2014. Na época, o peemedebista negou a propina e disse que a doação foi feita de maneira oficial. Além disso, o sindicato dos profissionais da educação argumentou que Sartori descumpriu as decisões judiciais que, através de liminares, determinaram que o Palácio Piratini pagasse em dia o salário da categoria. Aliás, o mesmo argumento foi utilizado no primeiro pedido de impedimento do governador feito pelo sindicato, em outubro de 2016.
Na ocasião, a então presidente do Legislativo, Silvana Covatti (PP), também arquivou o requerimento.
Fonte: Jornal do Comércio
Foto: Daniela Barcellos / Palácio Piratini / CP