Está na Constituição Federal mas não faz parte da realidade gaúcha. O Estado está entre os quatro do Brasil que ainda não conquistou a emancipação do Corpo de Bombeiros da Brigada Militar.
Está na Constituição Federal mas não faz parte da realidade gaúcha. O Estado está entre os quatro do Brasil que ainda não conquistou a emancipação do Corpo de Bombeiros da Brigada Militar. Os prejuizos que a ligação dos serviços públicos acarreta para o sociedade estiveram em pauta, nesta segunda-feira (14 de março de 2011), na Câmara Municipal, através de uma Audiência Pública do proponente vereador Diarioni dos Santos (PT), Tenente da Reserva do Corpo de Bombeiros. Comandaram o debate, os representates da Associação de Bombeiros do Estado do Rio Grande do Sul (Abergs).
“Atualmente, 70% do treinamento do bombeiro é voltado para atividades de policimanento. Para ser um oficial é preciso ser formado em Direito”, contou sobre a realidade o coordenador da Abergs, Ubirajara Ramos. A prática do Corpo de Bombeiros não é condizente ao processo teórico pelo qual a corporação passa. A única forma de tornar- se um bombeiro hoje é fazer uma prova à Brigada Militar e torcer para que seja encaminhado à área desejada.
Fora o objetivo de proporcionar o bem estar para a sociedade, os propósitos das categorias diferem-se, e muito. “É como botar alguém que não entende nada da causa para lutar por equipamentos e benefícios que não entende", enfatizou Ramos. Realidade que perdura desde os anos 70, segundo o Tenente da Reserva. “A diferença é que a Contituição de 1988 regulamentou a autonimia, a desvinculação entre as categorias. Hoje temos a lei do nosso lado (dos bombeiros), e vamos lutar por isso”.
Diaroni dos Santos deve entrar em contato com a Deputada Estadual Miriam Marroni (PT), ainda esta semana para marcar uma audiência com o Governo do Estado, já que cabe a Assembéia Legislativa tratar do assunto.