RIO — Interditado há quase um ano, o Sambódromo está mais perto de conseguir o alvará definitivo para funcionamento. Na próxima semana, o Corpo de Bombeiros fará vistorias para verificar se o espaço cumpriu todas as exigências necessárias à liberação do documento. Se tudo estiver certo, a Passarela do Samba, que funciona sem o aval da corporação desde que foi inaugurada, em 1984, estará finalmente legalizada, às vésperas do carnaval.
Até agora, o local funcionava com autorizações especiais da corporação. De acordo com o presidente da Riotur, Marcelo Alves, a obtenção do documento que permite a realização de grandes eventos vai dar uma nova vida ao espaço.
— Isso vai fazer com que os produtores não precisem mais emitir um alvará para cada evento. O Sambódromo abrirá mais vezes, gerando mais receita. Na segunda quinzena deste mês já teremos o novo Centro de Experiência de Carnaval. Visitantes poderão fazer passeios virtuais e sensoriais e descobrir como se faz um desfile. Nunca tivemos algo assim em termos de modernidade.
As vistorias, marcadas para os dias 10 e 14, foram confirmadas nesta quinta-feira após uma reunião entre representantes da Riotur, da Liga Independente das Escolas de Samba, do Ministério Público e do Corpo de Bombeiros. No ano passado, promotores pediram a interdição da Marquês de Sapucaí, condicionando sua liberação à vistoria dos bombeiros e à assinatura de um Termo de Responsabilidade no qual Riotur e Liesa devem garantir que o Sambódromo apresente condições suficientes de segurança.
Ainda faltam alguns retoques na parte elétrica, mas a reforma estrutural já foi concluída. Os setores 1, 12 e 13 perderam, cada um, cerca de 30% dos assentos após a construção de 1.150 degraus nas arquibancadas. A obra, de R$ 8,1 milhões, foi custeada pelo Ministério do Turismo.