Na última terça-feira (21) dois coletivos urbanos da Coleurb bateram em um grave acidente no Centro de Passo Fundo. A colisão ocorreu no horário de pico, por volta das 13hs, no Cruzamento da Avenida Brasil com a Sete de Setembro, deixando mais de 20 feridos e mobilizando um grande aparato de ambulâncias e equipes de resgate. O primeiro órgão a chegar foi o Corpo de Bombeiros Militar, com uma ambulância e que imediatamente socorreu uma jovem com sangramento na cabeça. Posterior, demais órgãos como Brigada Militar, Guarda Municipal Trânsito e ambulâncias privadas uniram esforços coordenando o trânsito, ampliando o atendimento aos feridos e isolando o local.
No entanto, muitos ouvintes questionaram como funciona a coordenação em uma ocorrência com elevado número de feridos. A Uirapuru conversou com o Tenente Coronel Ricardo Mattei, comandante do 7º Batalhão Militar dos Bombeiros, á frente de Passo Fundo e outros 133 municípios da região.
Mattei explicou que, por uma questão legal e de responsabilidade, o Corpo de Bombeiros Militar do Estado é o responsável pelo atendimento em situações de emergência, seja envolvendo trânsito, prediais ou industriais. Dentro da coordenação, os Bombeiros utilizam uma ferramenta mundial que é o “sistema de comando de incidentes”, onde há uma cabeça pensante que coordena o local e desencadeia as ordens multissetoriais, ou seja, para os demais envolvidos e hospitais.
Visando otimizar este atendimento de múltiplas entidades, os Bombeiros realizam ao menos um exercício de grande impacto por ano na cidade, englobando as demais forças de resgate local, de forma simulada. Isso prepara os agentes para uma situação real, com muitas vítimas e urgências. O Tenente Coronel Ricardo Mattei destacou ainda que Passo Fundo tem muitas situações onde as forças de resgate estão em constante alerta, mas o maior entrave de atendimento está no trânsito e a dificuldade em se chegar até as vítimas devido, muitas vezes, a motoristas que não dão passagem.