Foto: Eduardo Seidl/Palácio Piratini
Conduzido ao cargo de comandante do Corpo de Bombeiros do Rio Grande do Sul em maio, o coronel Henrique Vanderlei Lampert Silva ingressou no posto com a meta de fortalecer a corporação e seus integrantes. Seu objetivo coincidiu com o anúncio do governador Tarso Genro, um mês depois, sobre a criação de um grupo de trabalho para discutir a emancipação do Corpo de Bombeiros da Brigada Militar.
A coincidência, no entanto, não reflete o apoio irrestrito à proposta. Para Lampert, a desvinculação ocorrerá, mas o momento é de ampliar a presença do Corpo de Bombeiros, que hoje atinge cerca de 20% do Estado. Ele indica que o processo exige um projeto a longo prazo, algo não observado em seus 25 anos de bombeiro.
"Aqueles que pensam numa futura desvinculação devem se preocupar com planejamento", diz, acrescentando que já está tendo autonomia para conduzir os bombeiros, fruto da boa relação com o comandante-geral da Brigada Militar, coronel Sérgio de Abreu.
Lampert comenta que tem recebido diversas lideranças em seu gabinete, solicitando a instalação ou ampliação de unidades de bombeiros. Entende que a construção ou estruturação de um quartel e a compra de equipamentos e viaturas são viabilizadas com parcerias, mas que a carência de recursos humanos emperra novos investimentos.
A corporação tem a previsão legal de 3.900 bombeiros, mas possui 2.300. Devido à transferência de militares para a reserva remunerada, o efetivo deve ser ainda menor até 2012, quando estarão formados os 600 novos bombeiros do concurso público anunciado em maio. "Para criar novas corporações, precisamos de inclusões sistemáticas, ou seja, 600 soldados agora, outro contingente em 2012 e mais um em 2013", afirma.
.