Silêncio. De tempos em tempos, o Corpo de Bombeiros pedia silêncio. Esperavam ouvir sons de possíveis sobreviventes vítimas de um desabamento no Alto de São João, em Pituaçu, na manhã desta terça-feira (13). Em meio aos escombros, usavam uma câmera com microfone com muita sensibilidade e capacidade de gravação infravermelha.
De acordo com o capitão Márcio Jansen, do Corpo de Bombeiros, a câmera é especializada em resgate de ‘estruturas colapsadas’ – como o imóvel que desabou. Pode ser utilizada mesmo em ambientes onde não há luz.
“A tecnologia é uma aliada nessas situações. A gente emprega muito a força bruta, mas com a técnica adequada, porque além do risco de machucar uma possível vítima que esteja viva, tem o risco do bombeiro e da comunidade”, explicou Jansen. As câmeras são utilizadas pelas equipes de resgate e salvamento da corporação há pouco mais de um ano.
Outra novidade é o uso de um drone para varredura da região. Segundo o capitão, o equipamento está sobrevoando o local para identificar riscos no terreno. Os drones são utilizados pelo Corpo de Bombeiros há menos de três meses.
Para acessar o local, os bombeiros têm utilizado expansores – são as chamadas almofadas pneumáticas. Quando infladas, elas afastam os escombros. “Imagine um balão, só que feito de uma borracha muito resistente. Você coloca ele vazio em um lugar e enche com ar comprimido. Ele infla e expande. Nós estamos usando de vários tamanhos diferentes, dependendo que se queira expandir”.
Por fim, além de equipamentos considerados ‘normais’ – como marretas e pás –, as equipes dispõem de um martelete. É um equipamento portátil que lembra uma britadeira, uma vez que o objetivo é quebrar os escombros para acessar o local. “Todos os bombeiros que estão lá são especializados em busca e resgate em estruturas colapsadas e 100% deles está apto a operar esses equipamentos”, garante.
Fonte: Redação Correio 24h / iBahia