O 2º Tenente Thiago Bernardes Maccarini e a 3º Sargento Danieli Knapik, da Seção de Atividades Técnicas do Corpo de Bombeiros Militar de Santa Catarina, acompanhado do Sargento Gonçalves, coordenador regional da Defesa Civil, participaram na segunda-feira de encontro com empresários, contadores e profissionais liberais a convite da Associação Empresarial de Guaramirim para esclarecer sobre o convênio celebrado entre o Estado e a Prefeitura para o serviço de atividade técnica como análise de projetos técnicos e vistorias de habite-se e funcionamento relacionados aos sistemas de prevenção contra incêndio e pânico.
A Aciag, por meio do presidente José Altair Weber, manifestou preocupação quanto à vinda dos Bombeiros Militares e o afastamento dos Bombeiros Voluntários no trabalho de vistorias em Guaramirim. Como entidade fundadora e apoiadora, a Aciag destacou o excelente trabalho do Centro de Atividades Técnicas (CAT) e ressaltou que as operações de socorro e combate a incêndios permanecem sob a responsabilidade da corporação voluntária.
O comandante da Seção de Atividades Técnicas com sede em Jaraguá do Sul, 2º Tenente Maccarini, explicou que de forma alguma a vinda dos Bombeiros Militares visa acabar com a instituição Bombeiros Voluntários em Guaramirim, mas ser parceiro. Citou que pelo convênio, toda a arrecadação fica no Município, administrada pela Prefeitura, sendo 75% para os Bombeiros Voluntários e Defesa Civil e 25% para manutenção das atividades do BM.
"Não temos o mínimo interesse em atrapalhar o excelente trabalho prestado até aqui pelos Bombeiros Voluntários, pelo contrário. Também não estamos aqui por dinheiro", disse Maccarini. O comandante observou que as edificações existentes terão até cinco anos para se adequarem às exigências da lei e as edificações novas, 180 dias.
Corporação Militar assume dia 21 a totalidade da seção técnica
O comandante Maccarini explicou que projetos já analisados e aprovados pelos Bombeiros Voluntários, poderão ser solicitados aos Bombeiros Militares à conferência e ou reanálise, sem cobrança de taxa. Desde o dia 7 de agosto as vistorias para liberação de alvará de habite-se e de funcionamento são feitas pelos Bombeiros Militares e a partir do dia 21, eles assumem todo o serviço, incluindo a análise de projetos.
A corporação BM possui nove profissionais atuando na região. Já possui convênios com Schroeder, Massaranduba, Corupá e Guaramirim. Nesta cidade, a Prefeitura cedeu uma sala no centro administrativo, onde um BM presta atendimento às demandas da comunidade das 8h às 15h, diariamente. Os alvarás concedidos pelos Bombeiros Voluntários são válidos até o final da vigência.
Quando expirado, as vistorias e a expedição do documento serão feitas pelos Bombeiros Militares, que pedem que 60 dias antes do vencimento seja feita a solicitação. O custo, segundo explicou a Sargento Danieli, acompanha as taxas de segurança do Estado, ou seja, para análise de projetos e habite-se o valor é de R$ 0,65 o m² e para a renovação do alvará de funcionamento anual, R$ 0,37 o m². No período de transição, o BM prevê uma grande demanda de trabalho, mas a corporação promete dar uma atenção especial. "Queremos que essa transição ocorra da maneira mais suave possível", destacou Maccarini.
Fonte: JDV.com.br
Foto: FJBRUGNAGO