O secretário de Segurança Pública, Cezar Schirmer, afirmou, em entrevista à Rádio Gaúcha, que a rebelião e a morte de quatro presos no Presídio de Getúlio Vargas, na manhã da quarta-feira (21), não possuem relação com a greve dos agentes penitenciários. Segundo Schirmer, a confusão foi motivada pela insatisfação de um preso.

"Pelas informações preliminares, aquele presídio não estava em greve. O que aconteceu lá foi motivado pela insatisfação de um preso diante de uma decisão judicial, relativamente a um pedido de licença para se ausentar do presídio durante o Natal. O apenado colocou fogo em um colchão, ele é do regime semi-aberto, a fumaça foi para o presídio fechado e, portanto, causou essas vítimas de forma lastimável", disse.

Schirmer ainda lamentou que a decisão judicial que garante a manutenção de serviços da Susepe durante o período de paralisação dos servidores não esteja sendo cumprida pelos agentes penitenciários. Durante a madrugada, a Justiça determinou efetivo mínimo de 30% dos agentes e retomada das visitas nas casas prisionais do Rio Grande do Sul.

O Instituto Geral de Perícias (IGP) já está no presídio iniciando as investigações sobre as mortes, e a Susepe abriu sindicância para apurar o caso.

Sobre a greve dos agentes penitenciários, o presidente do Sindicato dos Servidores Penitenciários do Rio Grande do Sul (Amapergs-Sindicato), Flávio Berneira, reclamou da falta de efetivo da categoria e afirmou que os servidores estão avaliando a viabilidade de retomar as visitas aos presos. "Nossa preocupação é com a segurança devido à greve", ressaltou, ao Gaúcha Repórter.

Fonte: Rádio Gaúcha

Foto: Amapergs Sindicato - Divulgação