O encerramento do primeiro Curso de Análise e Busca Eletrônica em Mídias Sociais ocorreu nesta quinta-feira (11), no auditório do Departamento de Comando e Controle Integrado, na Secretaria da Segurança Pública. A iniciativa, organizada pelo Departamento de Inteligência de Segurança Pública (DISP), capacitou 80 alunos a efetuarem buscas eletrônicas e operações de inteligência em ambiente online.

As atividades totalizaram 64 horas/aula. Participaram servidores da Polícia Civil, Brigada Militar, Superintendência dos Serviços Penitenciários (Susepe), Instituto Geral de Perícias (IGP), Corpo de Bombeiros Militar, Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, Tribunal de Justiça, Marinha do Brasil, Departamento Estadual de Trânsito, Guarda Municipal de Porto Alegre e representantes dos estados de Alagoas, Amapá, Goiás, Minas Gerais, Paraná e da Secretaria Estadual de Comunicação (Secom). 

O secretário-adjunto da SSP, coronel Everton Oltramari, destacou a importância da integração de todas as forças. “Este curso vai muito além do intercâmbio de conhecimento. Se não unirmos nossos exércitos, não venceremos essa guerra contra a criminalidade”, disse. Oltramari também falou da necessidade de capacitar os profissionais, qualificando o trabalho de toda Segurança Pública. “O ambiente virtual é cheio de informações que circulam rapidamente e saber explorar isso e transformar em ferramentas importantes de trabalho é um grande desafio”, acrescentou.

O diretor do Departamento de Inteligência em Segurança Pública (DISP), delegado Rodrigo Pohlmann, anunciou que a segunda fase do curso já está em preparação. “Acredito que todas as pessoas que puderam participar tiveram um grande proveito e podem repassar seu conhecimento dentro das suas áreas e em seus ambientes de trabalho. Em breve, todos serão comunicados da próxima etapa”, assegurou. 

Capacitação

O curso teve início no dia 2 deste mês. Nele, os alunos aprenderam a desenvolver análise direcionada de possíveis incidentes e a produzir relatórios objetivos com base na pesquisa efetuada. As aulas foram ministradas a partir da operação de sistemas open source (código aberto) gratuitos, qualificando as buscas na web, desenvolvendo técnicas para monitoramento em tempo real e de georreferenciamento das movimentações a partir de ferramentas específicas. 

As ações foram exploratórias, visando à imediata obtenção de dados, ou sistemáticas, estabelecendo o acompanhamento e monitoramento de alvos e fenômenos. O conteúdo programático é baseado no modelo de Open Source Intelligence (Osint, em português, Inteligência de Código Aberto), amplamente utilizado pelas maiores agências de inteligência do mundo. 

Cerca de 90% do conhecimento produzido nesta formatação é obtido por meio de fontes abertas, com a descoberta, seleção e aquisição de informações públicas. O conteúdo então é analisado e o agente produz conhecimento confiável para subsidiar o trabalho dos tomadores de decisão.

Texto: Carine Bordin, com informações de Claiton Silva/SSP
Edição: Léa Aragón/ Secom 

Foto: Rodrigo Ziebell/SSP e Carine Martins Bordin